25% dos brasileiros estão com o “nome sujo” por motivos de saúde
Segundo dados do Serviço de Proteção ao Crédito (SPC Brasil) e da Confederação Nacional de Dirigentes Lojistas (CNDL), a estimativa é que o Brasil tenha fechado o ano de 2017 com, aproximadamente, 60,2 milhões de brasileiros negativados ou, popularmente falando, com o “nome sujo”. O mais triste dessa realidade é que 25% dos brasileiros estão com o nome sujo por motivos de saúde, segundo outro estudo também realizado pelo Serviço de Proteção ao Crédito.
A pesquisa revelou que 70% dos brasileiros não têm plano de saúde particular, seja ele individual ou empresarial. O percentual é ainda maior entre as pessoas das classes C, D e E (77%). O número alto reflete a situação do país, com quase 13 milhões de desempregados e um plano de saúde custando em média R$ 439,54 por pessoa.
Com os planos de saúde tão pouco acessíveis, a maioria dos brasileiros depende do Sistema Único de Saúde (SUS). O problema é que o sistema vive um verdadeiro caos. Diante de hospitais lotados, com falta de medicamentos e atraso no salário dos servidores, quem precisa de um procedimento médico urgente, muitas vezes, se vê obrigado a usar suas economias ou se endividar e procurar tratamento em hospitais particulares. De acordo com o levantamento, 74% dos entrevistados não possuem nenhum tipo de reserva financeira para imprevistos e entre os que possuem (26%) somente 4% reservam um valor exclusivamente para saúde.
O alto custo dos medicamentos no Brasil também é um fator importante para aumentar a dívida dos brasileiros. 27% dos entrevistados fazem uso de algum medicamento de uso contínuo ou periódico; sendo que, entre eles, apenas 43% recebem os medicamentos do SUS. Entre os que compram os próprios medicamentos, o gasto médio mensal é de R$ 138,32. A pesquisa também mostra que os genéricos estão sendo a principal opção dos brasileiros: 68% priorizam a compra de medicamentos genéricos.
Saúde realmente é um dos principais gastos da população brasileira. Sete em cada dez pessoas (69%) tiveram algum gasto com saúde nos três meses anteriores à realização da pesquisa, principalmente com remédios (45%) e exames (21%); e, segundo 42% dos entrevistados, esses gastos fizeram com que eles estourassem o orçamento.
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