A epidemia que está assustando o mundo
Dengue, chikungunya e zika vírus. Um estado de emergência da saúde pública internacional.
Mesmo após anos lutando contra o mosquito Aedes aegypti, transmissor da dengue, ele ainda perturba toda a população e agora transmite novas doenças, como zika e chikungunya.
As novas doenças têm sintomas parecidos com a dengue e podem ser facilmente confundidas. Os casos têm aumentado consideravelmente, e as consequências são graves. A Organização Mundial da Saúde (OMS) declarou estado de emergência da saúde pública internacional para os casos de zika.
O número de mortes devido à dengue cresce a cada dia. Quanto ao número de mortes relacionado ao zika e à chikungunya, no Brasil, foram registradas apenas três mortes de cada no país.
A maior preocupação sobre o zika vírus é a relação com o crescente número de casos de microcefalia no país. Além de suas diversas formas de transmissão. Cientistas encontraram o vírus na saliva, na urina e na placenta de gestantes infectadas, assim, o vírus pode ser transmitido por relações intimas ou através da gravidez, além da picada do mosquito.
A dengue ainda é considerada a mais grave de todas, pois existem vários estágios e, se não for devidamente tratada, pode causar hemorragias e levar o paciente a óbito.
Um dos fatos pouco conhecidos sobre essas doenças é que uma única pessoa pode estar infectada pelas três ao mesmo tempo, pois apesar de serem transmitidas pelo mesmo mosquito, são vírus diferentes.
A vacina para a dengue já foi aprovada e chegará ao Brasil, provavelmente, ainda este ano. Quanto à zika e a chinkungunya, ainda estão sendo desenvolvidas as vacinas, que podem começar a ser testadas em 18 meses.
A doença mais preocupante no momento é o zika, que já alcançou cerca de 34 países e está avançando cada vez mais rápido pelo interior de cada um deles. Na Colômbia, por exemplo, já foram registrados mais de 30 mil casos de infecção, entre os quais 5 mil são mulheres grávidas. Porém, desde 2007, já foi registrado ao menos um caso em pelo menos 46 países.
A forma mais indicada de combater essas doenças é tentando acabar com os criadouros do mosquito. Existem diversas iniciativas dispostas a isso. O governo brasileiro criou um comitê, através de um decreto presidencial, que estabelece ações rotineiras para a prevenção e eliminação do criadouro nos órgãos e entidades do Poder Executivo federal. O Ministério do Planejamento vai coordenar os trabalhos do comitê, que será composto por representantes da Casa Civil e do Ministério da Saúde.
Dentre as medidas propostas pelo governo, foi realizado um mutirão no dia 13 de fevereiro que contou com a participação de mais de 200 mil militares e a presença de ministros em capitais e cidades consideradas endêmicas.
O Ministério também aconselha que as pessoas usem repelentes e roupas leves, compridas e de cor clara, pois o mosquito costuma picar nas pernas e é atraído pela cor preta por absorver mais calor.
Para saber mais sobre o Aedes aegypti e sobre as doenças que ele transmite, o CIEE irá realizar o seminário “Transmissão da Dengue, Chikungunya e Zika Vírus” nesta quinta feira (18), às 8h30 da manhã nos auditórios Ernesto Igel e Mário Amato (Rua Tabapuã, 540 – Itaim Bibi – São Paulo). O evento é gratuito e as inscrições devem ser feitas pelo site www.ciee.org.br/portal/eventos.