Auxílio-moradia: R$ 4 mil para deputados, R$ 300 para quem perdeu tudo
O Brasil é o país dos contrates e da desigualdade. Um exemplo é o valor do auxílio-moradia pago a famílias que perderam tudo em desastres como incêndios e enchentes e o valor pago todos os meses aos parlamentares brasileiros.
Em São Paulo, por exemplo, o estado mais rico do país, o decreto nº 56.664, de 11 de janeiro de 2011, assinado pelo então governador de São Paulo, Geraldo Alckmin, estipula um valor de R$ 300 para auxílio-moradia emergencial por família beneficiada. Enquanto isso, os deputados federais e senadores brasileiros têm direito a apartamento funcional ou um valor de R$ 4.253 por mês para auxílio-moradia.
O valor pago aos parlamentares é 14 vezes o valor pago a famílias que perderam tudo, usando como base o valor adotado em São Paulo (valores variam de acordo com o estado ou cidade). Ao contrário dos parlamentares, as famílias paulistas ainda precisam preencher requisitos, citados como imprescindíveis no decreto para receber o auxílio:
I – que a residência da família tenha sido total ou parcialmente destruída pelas chuvas, apresente problemas estruturais graves, ou esteja situada em área sob risco de saúde, iminente de desabamento ou desmoronamento, ensejando a sua interdição, desocupação ou demolição imediata, comprovado por laudo, boletim de ocorrência e/ou termo de interdição expedido pela respectiva Defesa Civil do Município;
II – que a família beneficiária tenha renda familiar de até 10 (dez) salários-mínimos, comprovada pelo Poder Executivo Municipal.
Na cidade de Salvador, o valor pago é o mesmo estipulado pelo governo de São Paulo, R$ 300. E, no estado do Rio de Janeiro, o auxílio-moradia voltado para a população é chamado de “aluguel social” e tem um valor de até R$ 500. O benefício assistencial de caráter temporário, instituído no âmbito do Programa Estadual Morar Seguro, é destinado a atender necessidades advindas da remoção de famílias domiciliadas em áreas de risco, desabrigadas em razão de vulnerabilidade temporária, calamidade pública ou em razão de Obras do Plano de Aceleração do Crescimento (PAC), sendo coordenado pela Secretaria de Estado de Assistência Social e Direitos Humanos (SEASDH), por meio da Superintendência de Políticas Emergenciais (SUPEM).
Maria Lourdes da Silva Nogueira
01/01/2019 @ 22:19
Nenhum comentário , indica que ninguém está preocupado com isto ! Não é mesmo? Descaso total!
GHISLAINE G DE ARAUJO
02/01/2019 @ 21:58
Falta justiça no mundo, falta consciência social, falta patriotismo e amor ao próximo, falta moralidade, integridade e respeito.
Em um país em crise econômica, onde direitos sociais estão deixando de existir, onde a reforma trabalhista está retirando direito do trabalhador, existe políticos votando aumento próprio, políticos esses que já desfrutam de salários que muitos intelectuais, profissionais nem no auge de sua carreira conseguiram ganhar.
Existe um salário mínimo que é miserável se comparado ao preço dos aluguéis e custo para se manter uma família.
Existe uma crueldade quando se goza o dinheiro público, fruto da contribuição de milhões de trabalhadores assalariados quando na calada da noite se vota para retirada de direitos.
Existe um Brasil de classes, sem respeito, sem igualdade, onde o pobre caminha para ser mais pobre e o rico mais rico.
Fala -se em meritocracia mas ela só existiria se as condições humanas fossem iguais para que todos fossem comparados em pé de igualdade pelos seus esforços.
Existe um longo caminho a se percorrer, o caminho de olhar o outro com compaixão, de sentir alegria em estender a mão, de olhar o outro com o uma extensão.
Até lá…
Torço para o caminho da consciência se encurtar e as pessoas pararem de ser tão individualistas e egoístas.