Colaboração: 4 iniciativas para inspirar quem quer ajudar
Conheça projetos sociais de diferentes causas que estão tentando tornar o mundo melhor
Colaborar com o próximo envolve solidariedade, boa vontade e gratidão. A 6ª edição do evento O Poder da Colaboração, que aconteceu na última quinta-feira (08), no Campus São Paulo do Google Space, mostrou histórias inspiradoras sobre como a colaboração pode ajudar a transformar a sociedade.
Representantes de diversos projetos sociais compareceram ao evento contando suas histórias e mostrando como é importante ajudar o próximo, pois, além de melhorar vidas, o sentimento de felicidade se torna mútuo.
Cia Ballet de Cegos – Associação Fernanda Bianchini
Aprender e ensinar balé clássico não são tarefas simples. Elas exigem muita disciplina, comprometimento e determinação. Desenvolver esse trabalho com pessoas com deficiência, então, é algo que parecia impossível, até ser colocado como desafio na vida de Fernanda Coneglian Bianchini Saad.
A Associação Fernanda Bianchini surgiu em 1995, quando Fernanda começou a ensinar balé para jovens atendidas no Instituto de Cegos Padre Chico, em São Paulo. A partir disso, ela começou a desenvolver um método de ensino pioneiro através do toque e da repetição do movimento.
Em mais de duas décadas de existência, o grupo de bailarinos se apresentou em diversos lugares do Brasil e do mundo, ganhando grande reconhecimento, conquistando uma nova categoria entre os dançarinos.
Atualmente, a Associação possui a Cia Ballet de Cegos com 15 bailarinos profissionais. Além disso, atende cerca de 200 alunos e alunas com diversos tipos de deficiência, como visual, auditiva, motora e intelectual. As turmas atendem crianças, adolescentes, adultos e idosos, e também pessoas sem deficiência.
Todos os detalhes sobre a associação estão no site: http://www.associacaofernandabianchini.org/.
Gerando Bondade
O poder da comunicação também está dentro da colaboração. Dono de uma agência de comunicação, o casal Marco Iarussi e Tati Vadiletti ajudou uma garotinha de 11 anos com uma síndorme rara a enxergar.
Geovana Lima tem síndrome de Morsier, que causa má formação do nervo ótico, impedindo a visão. Marco e Tati a conheceram em um centro espírita que frequentavam. Ao se sensibilizarem com a história da menina, eles começaram a fazer uma campanha de arrecadação para ajudar Geovana a conseguir 30 mil dólares para fazer o tratamento com células-tronco na Tailândia, procedimento que não é autorizado no Brasil. Eles produziram um vídeo que viralizou nas redes sociais.
A campanha #AjudeaGigi mobilizou milhares de pessoas no Brasil e em países como Suécia, Japão e Austrália. Em pouco tempo, eles já haviam conseguido mais de 400 mil reais em doações através da plataforma de financiamento coletivo Vakinha. Foram 300 mil reais a mais do que a meta estipulada. Metade do valor arrecadado foi doado pela avó de Geovana a uma mãe que também tinha uma filha com deficiência.
A pequena Gigi, que tinha o sonho de ver a luz do dia, graças a essa iniciativa, pôde realizar seu sonho e começar a enxergar.
Até agora, Marco e Tati já conseguiram realizar sete campanhas com o projeto Gerando Bondade, com mais de 40 mil doadores, e quase 2 milhões de reais já foram arrecadados.
Para saber mais, acompanha a página do projeto no Facebook.
Favela da Paz
Criado pelo músico Claudio Miranda (Claudinho), o projeto começou na comunidade do Jardim Ângela, em São Paulo, com o intuito de promover a brincadeira, a música e a cultura através de reuniões com os amigos e moradores do local. O bairro do Jardim Ângela possui diversas favelas e já foi um dos mais violentos do mundo, segundo a ONU.
Através de aulas de música, produção de vídeo e design para os jovens da comunidade, o projeto Favela da Paz conseguiu distanciar muitos jovens do mundo da violência e das drogas.
Para saber mais, acompanhe no facebook.
Ciranda do Amanhã
A jornalista Carime Kanbour começou um projeto social com mães de uma escola particular da zona oeste de São Paulo, a mesma em que seus filhos estudavam. Com a vontade de agradecer pelos privilégios que tiveram, como qualidade de vida, trabalho, estudo e oportunidades, essas mães decidiram se unir e ajudar crianças carentes.
Foi então que nasceu o Ciranda do Amanhã. Essa iniciativa ajuda atualmente 19 abrigos de São Paulo, oferecendo bem-estar e autoestima para as crianças que esperam por adoção. O projeto também oferece cursos profissionalizantes para os adolescentes a partir dos 14 anos, que têm menos chances de conseguir uma família adotiva, por conta da idade. Assim, ao completarem 18 anos e serem liberados do abrigo, terão uma vaga no mercado de trabalho, podendo encontrar uma nova perspectiva de vida.
No Brasil, 92% das crianças e adolescentes que esperam por adoção têm entre 7 e 17 anos, idade muito acima do esperado por quem está querendo adotar. Além disso, 68% não aceitam adotar os irmãos de uma criança, e 69% das crianças têm irmãos. 20% querem adotar crianças brancas, mas 68% são negros ou pardos. Esses dados são do Cadastro Nacional de Adoção do Conselho Nacional de Justiça (CNJ).
Saiba mais sobre o projeto pelo site http://www.cirandaparaoamanha.org.br/