Expectativa de vida de moradores da periferia de SP é de 63 anos
Enquanto isso, proposta para Reforma da Previdência propõe aposentadoria somente a partir de 62 anos
A proposta para a Reforma da Previdência apresentada pelo governo propõe idade mínima para aposentadoria de 62 anos para mulheres e 65 anos para homens, em todo o Brasil. O tempo mínimo de contribuição passa de 15 para 20 anos. A proposta também acaba com as aposentadorias por tempo de contribuição, após um período de transição.
A questão é que nos lugares mais pobres a expectativa média de vida é menor do que a idade com que a população teria acesso à aposentadoria. Isso acontece até mesmo na periferia de grandes cidades, como São Paulo.
Segundo o ‘Mapa da Desigualdade 2018‘, da Rede Nossa São Paulo, a expectativa média de vida na capital paulista é de 70 anos. Mas enquanto um morador do Jardim Paulista (zona nobre da cidade) vive em média 81 anos, um morador da Cidade Tiradentes (extremo da Zona Leste) vive 58. E em grande parte dos distritos mais afastados do centro a expectativa de vida fica entre 58 e 63 anos.
A média de idade é obtida a partir da divisão da soma das idades ao morrer pelo total de óbitos por todas as idades, ocorridos em determinado ano e localidade. A fonte usada no relatório foi o Sistema de Informação sobre Mortalidade (SIM).
Marlon
25/10/2019 @ 13:25
Olá,
O INSS utiliza há décadas a expectativa de sobrevida e não a expectativa de vida ao nascer.
É necessário deixar claro que a expectativa de vida de uma pessoa varia com o tempo, a medida em que a pessoa avança na idade a expectativa de vida sobe em relação à expectativa de vida ao nascer (pois esta é afetada por mortalidade infantil, etc).
O texto induz a uma interpretação inadequada ao confrontar idade mínima para a nova previdência com expectativa de vida ao nascer. O texto deveria trazer os dados da expectativa de sobrevida em regiões nobres e periféricas para aí sim, confrontar com as idades mínimas para a nova previdência.