Jovens negros têm risco de morte 3 vezes maior no Brasil
A Secretaria de Direitos Humanos da Presidência da República (SDH/PR), o Fundo das Nações Unidas para a Infância (UNICEF), o Observatório de Favelas e o Laboratório de Análise da Violência da Universidade do Estado do Rio de Janeiro (LAV-Uerj) apresentaram, esta semana, a 5ª edição do Índice de Homicídios na Adolescência (IHA). O estudo tem como objetivo monitorar a incidência de homicídios entre a população jovem e contribuir para a avaliação das políticas de prevenção à violência.
O estudo mostra que mais de 42 mil adolescentes, de 12 a 18 anos, poderão ser vítimas de homicídio nos municípios brasileiros com mais de 100 mil habitantes entre os anos 2013 e 2019. Para cada grupo de mil pessoas com 12 anos completos em 2012, 3,32 correm o risco de ser assassinadas antes de atingir os 19 anos de idade. A taxa representa um aumento de 17% em relação a 2011, quando o IHA chegou a 2,84. O relatório mostra que o número de homicídios de adolescentes no Brasil nunca foi tão alto.
Outro dado assustador revela que a possibilidade de jovens negros serem assassinados é 3 vezes maior do que os brancos. E os adolescentes do sexo masculino apresentam um risco 11,92 vezes superior ao das meninas, sendo a arma de fogo o principal meio utilizado nos crimes.
Os homicídios representam 36,5% das causas de morte dos adolescentes no país.