A luta pela representação feminina no Poder Judiciário brasileiro
De acordo com o levantamento ‘Perfil sociodemográfico dos magistrados brasileiros 2018‘, apenas 38% dos juízes brasileiros são mulheres, sendo o segmento de justiça do trabalho o que conta com a maior presença feminina: 47%. Em relação aos desembargadores, os dados apontam que apenas 23% são mulheres.
A distribuição de gênero de acordo com o período de ingresso na carreira mostra que, entre os magistrados ativos que ingressaram até 1990, a proporção de mulheres é de apenas um quarto. Para os que ingressaram de 1991 a 2000, a proporção de mulheres atinge 40%. As mulheres representam 41% dos ingressantes entre 2001 e 2010, e 37% dos que entraram na carreira a partir de 2011.
A presença de mulheres diminui ainda mais em cortes superiores, como o Supremo Tribunal de Justiça (STJ) e o Supremo Tribunal Federal (STF), onde a presença feminina corresponde a apenas 16%. O que estará por trás da pouca representatividade feminina no Poder Judiciário?
Para falar sobre o papel da mulher no Poder Judiciário, recebemos, no programa do dia 28 de agosto, a juíza e desembargadora aposentada Kenarik Boujikian, especialista em direitos humanos pela Escola Superior da Procuradoria Geral do Estado de São Paulo e cofundadora da Associação de Juízes para a Democracia (AJD).
O programa também teve o quadro ‘Você Conhece?’, que contou a história de Aqualtune, uma princesa do continente africano que foi vendida e trazida para o Brasil como escrava, mas fugiu e ajudou a fortalecer o que se tornou o Quilombo dos Palmares, cujo último líder foi seu neto, Zumbi.
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Foto: Rosinei Coutinho/SCO/STF