A relação entre a figura do palhaço e a sociedade
O termo “palhaço” surgiu na Itália muito tempo atrás, quando artistas de rua se fantasiavam de espantalhos. O público que observava o grupo dizia: “os homens de palha, os palhaços!”
Esses artistas, responsáveis pela arte de fazer rir, traziam leveza em tempos difíceis e alegravam todas as classes sociais. E através do riso criticavam os problemas da realidade cotidiana. Mas qual seria a relação entre o palhaço e as estruturas sociais na atualidade?
“O palhaço é um contestador por natureza. Ele tem a função natural de revelar o que está por trás daquilo que ninguém aceita ver. Quando o palhaço cai, a gente aplaude. Estamos aplaudindo a nossa própria imperfeição”.
Para falar sobre a relação entre o palhaço e a sociedade, recebemos, no programa de TV do dia 31 de julho, Claudio Thebas, palhaço, escritor e professor há 20 anos da escola Carandá VivaVida. Thebas é fundador do Laboratório de Escuta e Convivência (LEC) e cofundador das Forças Amadas, uma iniciativa de palhaços que atuam no fortalecimento psíquico e emocional de pessoas em situação de fragilidade social.
Em junho de 2019, ele lançou, em parceria com o psicanalista Christian Dunker, o livro ‘O Palhaço e o Psicanalista’ (ed. Planeta), que aborda a dificuldade de escutar os outros. Thebas também publicou uma série de vídeos intitulados ‘Fala que eu (não) te escuto’ no Youtube, em que mostra como as pessoas escutam muito mal umas as outras.
O programa também teve o quadro ‘Você Conhece?’, que contou a história de Nilo Peçanha. De origem humilde, ele foi o primeiro presidente negro do Brasil. Vítima de preconceito e racismo, recorria a maquiagens para ocultar a cor de sua pele. Hoje, é pouco mencionado em livros de História e na memória brasileira.
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