Mobilidade é sinônimo de desigualdade nas periferias
Um levantamento realizado pelo Instituto de Políticas de Transporte e Desenvolvimento (ITDP) revelou que apenas 15% da população de baixa renda de São Paulo mora perto de estações de transporte, contra 39% da faixa mais alta.
Enquanto a média de tempo gasto em viagens no transporte público é de 1 hora e 20 no país, moradores da periferia de São Paulo gastam, em média, 2 horas e meia por dia.
Para falar sobre a relação entre mobilidade urbana e desigualdade, recebemos, no programa de TV do dia 12 de dezembro, Ermínia Maricato, arquiteta, membro do Conselho de Desenvolvimento Sustentável da Cidade de São Paulo, professora aposentada da Faculdade de Arquitetura e Urbanismo da USP, e fundadora do Laboratório de Habitação e Assentamentos Humanos da FAU/USP.
Entre os assuntos abordados estão: explicações para o cenário; o impacto para a população de baixa renda; o impacto do Plano Diretório nas cidades; a invisibilidade das regiões periféricas; o controle da mobilidade pelo mercado imobiliário; políticas de inclusão social; o processo de exclusão nas cidades; o Brasil Urbano; e os desafios para mudar a realidade brasileira.
O programa também teve o quadro ‘Você Conhece?’, que contou a história de Morromá Gardo Baquaqua. Bilíngue, ele foi escravizado no Brasil e, pelos maus-tratos que sofria, tentou até suicídio. Mas conseguiu fugir e virou escritor, lançando sua própria biografia.
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Observatório do Terceiro Setor na TV
Todas as quartas-feiras, à meia-noite, na TV Aberta de São Paulo, canais 9 da NET, 8 da Vivo Fibra e 186 da Vivo.
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Foto: Bruno Thethe (Unsplash)