Mais de 2 milhões de casos de câncer de mama devem ser registrados em 2021
Em todo o mundo, mais de 2 milhões de novos casos de câncer de mama devem ser registrados em 2021, dos quais metade serão em países de baixa e média renda. No Brasil, a cada 11 minutos uma mulher é diagnosticada com a doença
Em 2020, a cada 11 minutos, uma mulher foi diagnosticada com câncer de mama no Brasil. Foram 66 mil novos casos no país e um aumento em mulheres jovens, enfatizou o mastologista Maurício Magalhães Costa, membro titular da Academia Nacional de Medicina e presidente da Sociedade Internacional de Senologia.
Cerca de 75% dos casos de câncer de mama não têm histórico familiar. E em 5% das pacientes, há mutações dos genes que conferem, a essas famílias, um risco bem elevado de desenvolvimento de novos casos.
A maioria dos casos se deve a fatores externos, pois, com a evolução da sociedade moderna, a industrialização e a urbanização promoveram uma série de mudanças no comportamento feminino com repercussões biológicas, tais como: primeira menstruação mais precoce, menor número de gestações e mais tardias, menor tempo de amamentação e menopausa adiada. Fatores externos como agentes poluentes, anticoncepcionais e terapia de reposição hormonal na pós-menopausa também estão relacionados com mais riscos, alerta o mastologista.
Segundo o médico, o câncer de mama é uma doença de origem multifatorial e, nos últimos anos, houve um aumento global da sua incidência. A doença, que foi sempre mais comum em países desenvolvidos, passou a ser diagnosticada com frequência em países latinos, asiáticos e africanos.
Estima-se que serão diagnosticados, em 2021, mais de 2 milhões de novos casos no mundo, sendo 50% nos países de baixa e média renda; e que de cada quatro mortes por câncer de mama, três serão nesses países, destacou o especialista.
Para combater a doença, é preciso promover a prevenção, o diagnóstico precoce e o acesso ao tratamento adequado. A prevenção requer um estilo de vida saudável.
A realização da mamografia anual, a partir dos 40 anos, ultrassonografia e, em casos selecionados, a ressonância magnética são as indicações que todas as mulheres devem seguir, além do autoexame mensal. Com isso, esperam-se diagnósticos cada vez mais precoces, determinando tratamentos conservadores com preservação da mama, cirurgias oncoplásticas, e consequentemente, melhores resultados estéticos e com maiores chances de cura.
A prática de exercícios diários, uma alimentação rica em verduras, frutas e vegetais, não fumar, não ingerir bebida alcoólica em excesso, manter-se dentro do peso ideal para sua idade, dormir bem, relaxamento e meditação são medidas simples que podem fazer toda a diferença, destaca o médico.
Fonte: Extra
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26/10/2021 @ 08:30
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