3 Comments

  1. Super mulheres - Observatório do Terceiro Setor
    16/03/2020 @ 16:02

    […] e as mulheres se veem obrigadas a deixar o trabalho para se dedicar à família. E se elas permanecem nos postos de trabalho, encaram jornada dupla, tripla, quádrupla, quando não são punidas indiretamente no ambiente […]

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  2. Marcela
    03/07/2021 @ 04:26

    Que mentalidade é essa do homem que não quer trabalhar e prefere se submeter a que a mulher o sustente. Sim, tem homens que não querem ter um emprego estável ou pelo menos não lutam por ele. Nunca entendi por que meu ex tinha esse pensamento, tentei procurar a origem, analisar a situação, pois sou antropóloga… Uma das minhas conclusões é que se trata de uma mentalidade que começou difundir-se com certos discursos que não sei de onde provêm. Meu ex era formado numa área que tem trabalho em tudo quanto é canto, a área de tecnologia. Ele sabe desde fazer atividade técnicas básicas, até programar… Geralmente tem concurso público para essa área na maioria dos editais… E no caso de não conseguir um trabalho estável é simplesmente oferecer o serviço que chega em casa, pois tudo mundo tem computador, tablet, tudo mundo precisa de assistência técnica. Porém, ele tinha tão interiorizado que a situação estava difícil e que não dava para conseguir emprego que passou mais de 13 anos desempregado esperando que eu ou alguém o sustentasse… Por outro lado, que acontece com as mulheres que sustentamos esse tipo de pessoas… Geralmente somos criadas por mulheres empoderadas que tiveram que carregar o peso dos lares sozinhas e nos ofereceram educação de boa qualidade… E sem referências masculinas de trabalho e contribuição, nos deixamos levar pelo emocional e pela manipulação que os encostados exercem na gente… E pior quando a gente tem filhos… Surge um sentimento de culpabilidade na mulher… Porque o encosto é uma pessoa legal, cuida dos filhos, é tranquilo, é um encosto pacífico, etc… E a gente não quer que nossos filhos cresçam sem pai como aconteceu conosco… E assim, as mulheres contribuímos para a proliferação desses homens que decididamente optaram por ser sustentados, embora tenham todas as capacidades para ter sucesso laboral… Um relacionamento desse tipo é altamente desgastante… Eu muitas vezes pensei que assumiria com orgulho para mim sustentar o pai dos meus filhos se pelo menos ele se encarregasse de tarefas domésticas e cozinhasse, porque dessa forma ele estaria contribuindo e eu me dedicava a conseguir o dinheiro para o restante de coisas, mas não… Ele apenas quer ser um cara legal e ser sustentado por isso… Acredito que os discursos dos pais dele tem contribuído para esses pensamentos… Nessa família a maioria tem recebido auxílios do governo e geralmente o pai consegue as coisas porque algum familiar doou, ganho de alguma forma por algum tipo de bolsa, houve um mega promoção, etc… É uma mentalidade que se construiu com anos e anos de discursos, de exemplos, de brincadeiras,… É um pensamento tão sólido como a muralha da China… A menos que a pessoa decida com todas suas forças demolir essa construção interior, esse pensamento mudará… Mas, não será uma esposa ou os filhos que vão conseguir que essa edificação mental que se tornou social seja destruída… E claro, sempre tem e terá mulheres para sustentar esses caras ou pelo menos onde eu moro tem demais… Parece que existe esse medo da mulher ficar sozinha, porque de alguma forma está desprotegida e vulnerável e com uma presença masculina se sente melhor, então esse tipo de encostos aproveitam para chegar, se instalar na casa da mulher, se apropriar do controle remoto e ficar aí… Qual foi a solução que eu encontrei para minha vida? Assumir que essa pessoa tem a mentalidade e a firme convicção de que ele não vai trabalhar para sustentar nenhum lar, de que ele vai viver sem trabalhar o maior tempo que puder, até onde der para ser sustentado e só no caso de não ter ninguém que o acolha, só depois de que nenhuma mulher ou os pais, ou algum familiar vão recebe-lo na sua casa, só nesse momento que ele pensará o que pode fazer para se ganhar a vida… Porque para que se estressar pensando nisso… Nessa mentalidade o trabalho é algo chato, algo indesejável, o trabalho é para as pessoas que não tem ninguém… Mas ele e as pessoas que pensam como ele sim tem. Eles cresceram enxergando como os familiares recebem na sua casa aquele que vem do interior e que se ajudam e que o rico da família dá para os pobres o que eles precisam e que aquele primo bonitinho se casou com uma mulher rica e ela o sustenta… E olha que sorte a daquele familiar que a namorada tem muito dinheiro e os país dela lhes deram uma casa etc… Essas ideias se fortaleceram na escola da vida que percorreram essas pessoas… Essas ideias fazem parte agora do pensamento coletivo… Se antes se esperava que as mulheres conseguissem um marido rico que as sustentasse, agora as únicas que podem ter essa aspiração são as que tem a beleza do padrão modelo e que além disso cumprem com os critérios de ser novas, submissas e se dedicar a essa busca… As outras, que trabalham e se esforçam por crescer na vida são candidatas a sustentar macho… Claro que não se podem levar as coisas aos extremos, mas exagerando um pouco é isso… Então, depois que ficou completamente claro para mim, que meus argumentos, por mais embasados e coerentes que sejam, não serão o suficiente para SEQUER criar uma fissura nessa mentalidade construída durante anos e passada de geração a geração… Decidi assumir o papel de estar sem o suporte de um homem e fazer o que dá para fazer com o meu tempo, com o meu salário e com minhas possibilidades reais… Claro que sim queria ter um suporte masculino para me divertir, para ter essa outra força na casa, para poder dividir os gastos do cotidiano que são bastantes… Mas, acho que não sou obrigada a dar conta de tudo, a ter uma casa linda, grande, padrão, nem obrigada a ter o maior crescimento laboral, nem acadêmico, nem a viajar todas as férias, nem que meus filhos sejam de X ou Y forma… As pessoas não estamos obrigadas a nada e sozinha assim inserida nesta sociedade EU FAÇO O QUE DÁ PARA FAZER E QUE ME PERMITA DORMIR 8 HORAS POR DIA, porque estando casada já tentei ter tudo o progresso e crescimento que nos era possível e tive um esgotamento imenso em todos os sentidos: físico, mental, emocional e até espiritual…

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  3. Mulheres Empreendedoras - Paula Tebett - Mídias Sociais
    08/03/2022 @ 05:55

    […] graças a elas, podemos estudar, trabalhar, empreender etc. Segundo um levantamento feito pelo Governo Federal Brasileiro, 4 em cada 10 lares são chefiados por uma mulher e, dessas, 41% têm o seu próprio […]

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