Abiy Ahmed Ali, primeiro-ministro da Etiópia, ganha Nobel da Paz 2019
Ele contribuiu decisivamente na resolução do conflito de 20 anos na fronteira do seu país com a Eritreia, país localizado no leste da África, que causou a morte de mais de 80 mil pessoas
Por: Isabela Alves
Abiy Ahmed Ali, o primeiro-ministro da Etiópia, ganhou o Nobel da Paz 2019 por contribuir decisivamente na resolução do conflito de 20 anos na fronteira do seu país com a Eritreia, país localizado no leste da África, que causou a morte de mais de 80 mil pessoas.
O tratado que leva o nome de “Sem paz, sem guerra”, procurou promover a reconciliação, a solidariedade e justiça social. Em um comunicado oficial, o Comitê do Nobel também reconheceu o trabalho de todos aqueles que lutaram pela paz e reconciliação na Etiópia e nas regiões leste e nordeste da África.
Aos 43 anos, Ali é formado em engenharia e se tornou o chefe de governo mais jovem do Continente Africano. Nos cem primeiros dias de mandado, ele garantiu a anistia para milhares de prisioneiros políticos, descontinuando a censura da mídia, legalizando partidos de oposição, exonerando líderes militares e civis que estavam sob suspeita de corrupção e também aumentou a influência de mulheres na política e na comunidade etíope. Além disso, ele também fortaleceu a democracia ao propor eleições livres e justas.
O anúncio do 100º Prêmio Nobel da Paz foi feito na última sexta-feira (11), em Oslo, na Noruega. Neste ano, mais de 300 personalidades e organizações estavam na lista de candidatos do Nobel da Paz.
Em 2018, o Nobel da Paz foi concedido ao médico congolês Denis Mukwege e a ativista do povo yazidi, Nadia Murad. Eles foram considerados exemplos por seus esforços para acabar com o uso da violência sexual como arma de guerras e conflitos armados.
Fonte: BBC Brasil, G1 e Exame.