América Latina e Caribe: 15,5 milhões não têm acesso a banheiros
Doenças causadas pela falta de saneamento básico matam 580 crianças por dia na região
Por: Isabela Alves
Cerca de 15,5 milhões de pessoas que moram na América Latina e no Caribe não têm acesso a banheiros. O dado é da Organização Pan-Americana da Saúde (OPAS).
Em 2017 (últimos dados disponíveis), apenas 74,3% da população da América Latina e 31,3% da população do Caribe tiveram acesso a serviços de água e saneamento de forma segura. Isso significa que 82,7 milhões de pessoas não têm acesso ao saneamento básico e 15,5 milhões de pessoas são forçadas a defecar ao ar livre.
A falta de saneamento básico é a causa de morte de 580 crianças por dia na região, devido a doenças, como vermes intestinais, tracoma e esquistossomose.
36% das mortes de crianças menores de 5 anos por diarreia poderiam ser evitadas com a promoção do acesso a banheiros.
Bolívia, Colômbia, Haiti, México, Peru e Venezuela são os países onde mais pessoas defecam a céu aberto. No Haiti, o país onde mais ocorre essa situação, 20% da população defeca ao ar livre. O Haiti também possui os níveis mais baixos de acesso a serviços básicos de água e saneamento da região, com 65,5% e 34,7%, respectivamente.
No Brasil, de acordo com um relatório publicado em 2015 pela Organização Mundial da Saúde (OMS), 4,1 milhões de brasileiros de áreas rurais, ou 2% da população do Brasil, não têm acesso a banheiros e precisam defecar ao ar livre.