Apenas 21% dos brasileiros de 25 a 34 anos têm ensino superior
Estudo da OCDE também aponta que mulheres são maioria nas universidades, mas têm mais dificuldade em encontrar emprego
Por: Isabela Alves
Nos últimos dez anos, o número de brasileiros de 25 a 34 anos com ensino superior completo foi de 11% para 21%. A realidade brasileira, no entanto, ainda está muito distante da vista nos países-membros da Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Econômico (OCDE), que têm média de 44% das pessoas nessa faixa etária com título superior. Os dados são do relatório Education at Glance 2019, divulgado pela OCDE.
Em relação às taxas de mestrado e doutorado, os números são preocupantes: apenas 0,8% dos brasileiros entre 25 e 34 anos têm mestrado e 0,2% têm doutorado. A média entre os países estudados é de 13%.
A taxa de empregabilidade para os brasileiros que possuem doutorado é de 91%. Para quem tem mestrado a taxa é de 84% e para quem tem bacharelado é de 82%.
A pesquisa também aponta que as mulheres são maioria nas universidades brasileiras, mas encontram mais dificuldade do que os homens na hora de conseguir emprego.
Enquanto 18% dos homens brasileiros na faixa etária de 25 a 34 anos têm ensino superior, para as mulheres a porcentagem é de 35%. É válido ressaltar que para a OCDE essa taxa ainda é baixa quando comparada aos países-membros da organização, que têm média de 38% para homens e 51% para mulheres.
Em relação ao mercado de trabalho, a taxa de mulheres empregadas de 25 a 34 anos é de 82% para as que têm ensino superior, de 63% para as que possuem ensino técnico e 45% para as demais.
Já para os homens brasileiros nessa faixa etária, a taxa de empregabilidade dos que têm ensino superior é de 89%, de 76% para os que têm ensino técnico e 76% para os demais.
O estudo também analisou a situação dos estudantes de cursos de graduação no país. O relatório aponta que apenas um terço dos estudantes brasileiros conclui os estudos no tempo teoricamente previsto (de quatro ou cinco anos). Dos estudantes que não se formam no período previsto, um terço continua matriculado e dois terços abandonam os estudos sem se formar.
No Brasil, 25% das graduandas escolhem estudar educação, e 19% dos graduandos homens escolhem engenharia, produção e construção.
O estudo analisou a situação educacional de 36 países-membros da OCDE e de outros dez países.
Fonte: BBC Brasil