Assembleia da ONU: Papa diz que indígenas e a Amazônia correm perigo
Em seu discurso na ONU, o Papa Francisco citou que crise ambiental e crise social estão ligadas no Brasil
Em seu discurso na Assembleia Geral das Nações Unidas (ONU), o Papa Francisco demonstrou bastante preocupação com a Amazônia e os indígenas que habitam a floresta.
“Eu penso na perigosa situação da Amazônia e dos povos indígenas que vivem lá. Isso nos lembra que a crise ambiental é intimamente ligada à crise social e que o cuidado com o ambiente exige uma abordagem abrangente para lidar com a pobreza e combater a exclusão”, declarou o Papa em discurso gravado.
Este ano, pela primeira vez na história, os discursos dos líderes foram gravados e a Assembleia foi virtual por causa da pandemia de Covid-19.
O papa lembrou que, há cinco anos, quando ele participou pessoalmente da assembleia anual da ONU, foi um período marcado por “um multilateralismo verdadeiramente dinâmico”.
“Foi um momento de grande esperança e promessa para a comunidade internacional, às vésperas da adoção da Agenda 2030 para o Desenvolvimento Sustentável. Alguns meses depois, o Acordo de Paris sobre Mudanças Climáticas também foi adotado”, lembrou.
Mas o Papa mostrou-se decepcionado pelos países não conseguirem cumprir o que foi acordado há cinco anos.
“Nós precisamos ser honestos e admitir que, embora alguns progressos tenham sido feitos, a comunidade internacional não foi realmente capaz de cumprir as promessas feitas cinco anos atrás”.
A Amazônia já tinha sido citada durante essa assembleia. Na sessão de abertura, na terça-feira (22/09), o presidente Jair Bolsonaro afirmou que o Brasil é “vítima” de uma campanha “brutal” de desinformação sobre a Amazônia e o Pantanal. Ele afirmou que a floresta Amazônica é úmida e só pega fogo nas bordas e que os responsáveis pelas queimadas são o ‘índio’ e o ‘caboclo’. O discurso foi criticado em todo o mundo.
Fonte: G1