Baixa autoestima atinge 56% dos brasileiros que perderam emprego
A demissão desencadeou sentimentos negativos como ansiedade, estresse e desânimo
Por: Isabela Alves
Um levantamento realizado em todas as capitais pelo Serviço de Proteção ao Crédito (SPC Brasil) e pela Confederação Nacional de Dirigentes Lojistas (CNDL) constatou que o desemprego afetou a saúde da maior parte dos profissionais que perderam seus empregos. 56% dos demitidos atualmente sofrem com baixa autoestima e 45% passaram a sentir vergonha da família ou amigos.
A demissão desencadeou uma série de sentimentos negativos. 70% sentem ansiedade; 67%, insegurança quanto à possibilidade de conseguirem outro emprego; 64%, estresse; 63%, angústia; 60%, desânimo; e 59%, medo.
As sensações negativas também desencadearam doenças nesses trabalhadores. 54% dos desempregados passaram a apresentar alteração no sono; 47%, mudanças no apetite; 45% sentem enxaqueca frequente; e 35% tiveram alteração na pressão arterial.
O relacionamento interpessoal também foi abalado. De cada dez entrevistados que perderam o emprego, quase seis (57%) sentem-se com menos vontade de sair de casa e 21% reconhecem que têm se mantido mais reclusos e afastados das pessoas. Em situação extremas, 11% dos desempregados passaram a cometer agressões verbais contra amigos e familiares e 8% partiram até mesmo para agressões físicas.