Bombeiro chora ao salvar criança de 4 anos que se afogava em SP
Uma foto publicada nas redes sociais mostra o bombeiro com a criança nos braços após salvá-la em uma praia do Guarujá, litoral paulista
Por: Júlia Pereira
O bombeiro marítimo Joel Júnior Silva Lemos se emocionou ao salvar uma criança de quatro anos de idade que se afogava em uma das praias do Guarujá, cidade do litoral paulista.
A foto que mostra o momento em que o profissional enxuga as lágrimas, com a criança no colo, foi publicada em uma rede social e viralizou rapidamente. A imagem foi registrada por outro bombeiro que estava no local e acompanhou a ocorrência.
Em entrevista ao G1, o cabo Lemos lembra que estava em serviço, na Praia das Astúrias, quando as vítimas se afogaram e foi necessário dar início ao protocolo de socorro.
“A ocorrência aconteceu aqui no canto dos pescadores e, da posição que estávamos, dava para ver. Estávamos fazendo a manutenção na nossa moto aquática e tinha um guarda-vidas na faixa de areia. Simultaneamente, todos vimos que eles estavam se afogando, mas em primeiro momento não sabíamos que se tratavam de crianças”, diz.
Além da criança de 4 anos, estavam se afogando também uma menina de 10 anos, um adolescentes de 13 e uma jovem de 18, todos da mesma família, vindos de Jundiaí.
O bombeiro explica que os pais não viram que eles estavam se afogando. O grupo brincava com um objeto flutuante na parte rasa do mar quando foram arrastados pela corrente de retorno.
Assim que a equipe do Grupamento de Bombeiros Marítimo (GBMar) percebeu o que estava acontecendo, dois guarda-vidas foram a pé até a parte da praia onde as vítimas estavam, enquanto Lemos e outro bombeiro foram de quadriciclo.
Os quatro chegaram rapidamente até a altura do mar onde os turistas se afogavam e surfistas que estavam nas proximidades ajudaram a segurá-los.
Somente quando entraram no mar, a equipe viu que parte das vítimas eram crianças e Lemos foi o responsável por salvar o menino de quatro anos.
“Ele era tão pequeno, magrinho, que não cabia no flutuador. Foi quando falei para ele vir comigo e ele disse que estava com muito medo e me abraçou, exatamente como meu filho fala e faz quando sente medo de algo. Naquela hora eu me lembrei do meu filho e me emocionei muito. Tive que tentar conter a descarga de adrenalina para trazê-lo à faixa de areia. A foto tirada mostra que estou com ele nos braços como se fosse meu filho mesmo, foi muito forte a emoção. Foi tirada bem na hora que eu enxugava minhas lágrimas”, lembra o bombeiro.
Após o episódio, os responsáveis pelas crianças foram orientados sobre os cuidados necessários para evitar outros acidentes do tipo. Ao G1, Lemos lembra sobre a importância de monitorar constantemente as crianças enquanto estão na praia.
“Aonde a criança está, você deve estar também. Não pode ficar distante e deixar a criança na água. Sinto indignação por deixar uma criança a mercê do mar, que é tão perigoso. Graças a Deus chegamos a tempo e o pior não aconteceu”, explica.
Fonte: G1