Brasil gasta R$ 355,4 milhões em um ano com fardas para militares
O valor do auxílio-fardamento pago em dinheiro pode chegar a R$ 13,4 mil
O auxílio-fardamento é um benefício pago aos militares das três Forças Armadas brasileiras e foi regulamentado em julho de 2001 pela Medida Provisória (MP) 2.188-8.
Quando o militar ingressa nas Forças Armadas, ele recebe “por conta da União, uniformes, roupa branca e roupa de cama”. São os militares iniciantes, com os soldos (salários) mais baixos, como o aprendiz-marinheiro (R$ 981), o recruta (R$ 956) e o cabo “não engajado” (R$ 956).
A partir de então, o bônus é pago em dinheiro. O militar ganha um salário e meio de prêmio ao ser declarado guarda-marinha ou aspirante a oficial da ativa. A eles o prêmio é de R$ 10,4 mil.
Quando o militar é promovido pela primeira vez a oficial, ganha o título de segundo-tenente ou terceiro sargento, também recebe um salário e meio. E para os cargos mais altos, as promoções valem auxílio-fardamento no valor de um salário: quem é nomeado general de Exército, almirante de esquadra ou tenente-brigadeiro recebe “auxílio” de R$ 13,4 mil.
O artigo 3º do parágrafo 12º da MP afirma que o auxílio-fardamento é um “direito pecuniário devido ao militar para custear gastos com fardamento, conforme regulamentação”. Esse bônus, no entanto, beneficia principalmente os oficiais de alta patente do Exército, da Marinha e da Aeronáutica.
O pagamento de bônus aos militares da ativa nas três Forças Armadas aumentou 850% em seis anos. Somente no ano passado, foram gastos R$ 355,4 milhões. Os dados, já corrigidos pela inflação, foram apurados pela ONG Contas Abertas a pedido do site UOL.
“O auxílio-fardamento não é benefício, é privilégio”, diz o cientista político e professor de história na Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC) Waldir Rampinelli, em entrevista ao UOL.
“Fazem parte da cultura brasileira”. “Esse auxílio aos militares é um tapa na cara do povo, principalmente nessa conjuntura de desemprego e empobrecimento”, afirma o historiador.
Fonte: UOL
Thiago
18/03/2023 @ 23:26
Muita falacia desse estudioso que diz que Auxilio-Fardamento é privilégio, sabendo-se que a tropa se compõe basicamente de Soldados em que os salarios não chegam a 2 mil reais, como irão adquiri farda que ultrapassam esses valores? Porventura irão deixar de alimentar seus familiares para comprar a farda que usarão para servir a pátria? logo mais que um dever usar a farda é um direito e tem que ser fornecido pela união que, na Função de Empregador quando é obrigatório o uso de uniformes pelo empregado o Empregador deve fornecer o mesmo.