Cerca de 30% das crianças indígenas sofrem com a desnutrição crônica
Este problema atinge principalmente os grupos mais vulneráveis do país, como os indígenas, quilombolas e ribeirinhos
Por: Isabela Alves
Uma em cada três crianças com menos de cinco anos está desnutrida ou com sobrepeso. Esse número corresponde a 250 milhões de crianças. O dado é do relatório ‘Situação Mundial da Infância 2019: Crianças, alimentação e nutrição’, divulgado pelo Fundo das Nações Unidas para a Infância (UNICEF).
Duas em cada três, com a idade entre 6 meses e 2 anos, não estão se alimentando da maneira correta para sustentar o crescimento do seu corpo e cérebro. Essa situação coloca em risco o desenvolvimento cerebral destas crianças, assim como aumenta as suas dificuldades de aprendizagem, baixa imunidade, infecções, e em casos mais graves, pode levar a morte.
No Brasil, a taxa de desnutrição crônica entre menores de 5 anos caiu de 19,6% em 1990 para 7% em 2006. Entretanto, este problema permanece entre os grupos mais vulneráveis, como os indígenas, quilombolas e ribeirinhos. No caso das crianças indígenas, por exemplo, a prevalência de desnutrição crônica era de 28,6%. Os números variam entre etnias. No caso das crianças ianomâmis, a taxa chega a 79,3%,
Uma em cada três crianças brasileiras de 5 a 9 anos possui excesso de peso, 17,1% dos adolescentes estão com sobrepeso e 8,4% são obesos. A escola ainda é considerada um ambiente obesogênico, por conta dos lanches de baixo teor de nutrientes e alto teor de açúcar, gordura e sódio.
Fonte: ONU Brasil