Cesta básica mais barata custa 83% da renda de 1 em cada 4 brasileiros
Em dezembro do ano passado, a cesta básica mais barata do Brasil era a de Aracaju, que custava R$ 351,97. Para os brasileiros que vivem na pobreza, com até R$ 420 mensais, isso equivale a 83% de sua renda
Dados do relatório Síntese de Indicadores Sociais – 2019, divulgado pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), apontam que 1 em cada 4 brasileiros (25,3% da população) vivia em situação de pobreza em 2018, com até R$ 420 mensais. O valor é equivalente a menos da metade (44%) do salário mínimo vigente em 2018 (R$ 954).
Em 2019, quando o salário mínimo era de R$ 998, o valor da cesta básica aumentou em 16 das 17 capitais onde o DIEESE (Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos) realiza mensalmente a Pesquisa Nacional da Cesta Básica de Alimentos. As altas mais expressivas, entre dezembro de 2018 e 2019, foram registradas em Vitória (23,64%), Goiânia (16,94%), Recife (15,63%) e Natal (12,41%). A menor variação positiva ocorreu em Salvador (4,85%). Em Aracaju, o acumulado em 12 meses foi negativo (-1,89%).
Entre novembro e dezembro de 2019, o valor da cesta básica subiu em todas as cidades, com destaque para Goiânia (13,64%), Rio de Janeiro (13,51%) e Belo Horizonte (13,04%). Em dezembro de 2019, o maior custo do conjunto de bens alimentícios básicos foi apurado no Rio de Janeiro (R$ 516,91), seguido por Florianópolis (R$ 511,70) e São Paulo (R$ 506,50). Os menores valores médios foram observados em Aracaju (R$ 351,97), Salvador (R$ 360,51) e João Pessoa (R$ 373,56).
Considerando a cesta básica mais barata do Brasil, que foi a de Aracaju, os brasileiros que vivem na pobreza (com até R$ 420 mensais) usariam 83% da sua renda para comprar apenas uma cesta básica. Já os brasileiros no Rio de Janeiro, São Paulo e Florianópolis não teriam renda para comprar uma cesta básica em suas cidades.
A pesquisa do IBGE também aponta que, em 2018, 13,5 milhões de brasileiros viviam na miséria, com renda per capita de até R$ 145 por mês.
Renato Ferreira Ribeiro
25/02/2020 @ 23:22
Vcs tem tanto poder nas mãos, isso pra não fala em dinheiro e msm assim ficam divulgando uma notícia triste dessa, a pergunta q não quer cala prq a ONO não acaba com a fome no mundo ? É preciso fazer mais ações concretas. Nunca passei fome mais sei o qnt é triste passar por um sofrimento desse