Excesso de álcool mata seis pessoas por minuto
A Organização Mundial da Saúde alertou que 3,3 milhões de pessoas morreram em 2012 vítimas do consumo excessivo de bebidas alcoólicas. Isso representa seis mortes por minuto. Segundo o Relatório Global sobre Álcool e Saúde 2014, além de causar dependência, o consumo exagerado de bebidas alcoólicas aumenta o risco das pessoas desenvolverem mais de 200 doenças, entre elas estão cirrose, câncer, tuberculose, pneumonia e outras doenças infecciosas.
A OMS afirmou que o consumo excessivo de álcool é responsável por 5,9% das mortes no mundo, mais do que a Aids, a violência e a tuberculose. Ele é responsável também por 5,1% das doenças e dos ferimentos globais.
De uma forma geral, a Europa é a região que registra o índice mais alto de consumo excessivo de álcool por pessoa. Apesar disso, os números estão estáveis há mais de cinco anos. O mesmo acontece com os índices na África e nas Américas.
O relatório da OMS mostrou que no Brasil, o consumo, em média, é de 8,7 litros por pessoa por ano. Esse dado é relativo ao período entre 2008 e 2010 e representa uma queda comparado aos quase 10 litros consumidos entre 2003 e 2005.
A bebida mais consumida é a cerveja. O país tem as melhores leis para combater o consumo excessivo de álcool, mas o relatório cita que não há, por exemplo, qualquer tipo de restrição ao horário de venda de bebidas alcoólicas ou em relação a propagandas.
Na vizinha Argentina, o consumo médio chega a 9,3 litros por ano. A bebida mais consumida é o vinho. Os americanos bebem mais cerveja e o consumo é de 9,2 litros por pessoa, por ano. Como diz o relatório, o consumo assume uma proporção maior na Europa, onde ele varia de 11 a 13 litros por pessoa na Alemanha, na França, na Grã-Bretanha e em Portugal. A Rússia lidera o grupo com um consumo, em média, de 15 litros anuais para cada habitante.
Entre os países lusófonos, depois de Portugal e Brasil, São Tomé e Príncipe aparece no relatório com um consumo de 7,1 litros, seguido de Cabo Verde, Angola, Guiné-Bissau, Moçambique e Timor-Leste, que tem um consumo de pouco mais de meio litro por pessoa anualmente.
Fonte: Edgard Júnior, da Rádio ONU em Nova York.