Contra caça ilegal, Quênia queima toneladas de presas de elefantes
Por Maria Fernanda Garcia
O governo do Quênia queimou no último sábado (30/04), em Nairóbi, 105 toneladas de presas de mais de 7 mil elefantes, em cerimônia de protesto contra caça ilegal de animais silvestres.
Os caçadores criminosos já mataram 100 mil elefantes de uma população de menos de 500 mil espécimes, apenas entre 2010 e 2012.
Estimativas indicam que a população de elefantes das florestas encolheu dois terços de 2002 a 2011 em decorrência de atividades predatórias proibidas. Também por conta da caça ilegal, o número de elefantes das savanas africanas registrou uma queda de 60% na Tanzânia e de 50% em Moçambique desde 2009.
A cerimônia também queimou 1,35 tonelada de chifres de rinocerontes, espécie também ameaçada por caçadores criminosos. O total de materiais queimados correspondeu a quase todos os chifres e presas que o Quênia mantinha guardados.
O evento contou com a participação de representantes do Programa das Nações Unidas para o Meio Ambiente (PNUMA) e do Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento (PNUD). Também estiveram presentes os presidentes do Gabão, Ali Bongo Ondimba; de Uganda, Yoweri Museveni; e do próprio Quênia, Uhuru Kenyatta.
Kenyatta explicou que a morte dos elefantes é a morte da herança nacional. “O Marfim não tem valor nenhum a não ser num elefante vivo”, enfatizou Kenyatta.