Corrupção? No Congresso brasileiro 1 em cada 3 é investigado
A Câmara dos Deputados barrou pela segunda vez a denúncia contra o presidente Michel Temer e os ministros Eliseu Padilha e Moreira Franco, ao aprovar o relatório do deputado Bonifácio de Andrada (PSDB-MG). O processo só teria prosseguimento se fosse aprovado por 342 deputados.
Com um congresso onde 1 em cada 3 é investigado, não foi muita surpresa barrar mais uma investigação sobre crimes cometidos por pessoas que possuem foro privilegiado.
O congresso brasileiro é o segundo mais caro do mundo. É o que mostrou um estudo realizado pela Organização das Nações Unidas (ONU) em parceira com a União Parlamentar (UIP). O custo do congresso brasileiro superou os congressos de 108 países analisados, só não foi maior que o dos Estados Unidos.
Para fazer uma comparação com países de primeiro mundo, a Noruega ficou com o 34° lugar na lista dos congressos mais caros. O país que ganhou o título de mais feliz do mundo e desde 2001 é considerado o país mais evoluído do planeta, tem 169 membros no seu congresso. São 425 congressistas a menos que o Brasil, que tem 594 no total.
Somente os deputados federais brasileiros custam à população mais de R$ 1 bilhão por ano. Mas, mesmo com custos tão elevados, os congressistas brasileiros ainda querem ganhos maiores. O pior é que a maioria recorre a formas ilícitas para isto.
Segundo o site Congresso em Foco, um em cada três deputados brasileiros é investigado pelo STF (Supremo Tribunal Federal). E este levantamento foi feito antes de sair a autorização de abertura de inquérito do Ministro Luiz Edson Fachin, que acrescenta à lista de investigados pelo Supremo Tribunal Federal 8 ministros, 24 senadores, 39 deputados e 3 governadores.
Juntando as duas casas, Senado e Câmara dos Deputados, ao todo são 188 congressistas investigados.
Com um congresso com um custo tão alto e envolvido em corrupção, resta saber como o país vai conseguir sair de uma das maiores crise de sua história recente.