Corrupção no RJ: mortes à espera de leitos e R$ 1,8 bilhão desviado da saúde
Os esquemas de corrupção e fraude na gestão da Saúde desviaram R$ 1,8 bilhão dos cofres públicos do estado do Rio de Janeiro de 2007 a 2020
Os esquemas de corrupção e fraude na gestão da Saúde desviaram R$ 1,8 bilhão dos cofres públicos do estado do Rio de Janeiro de 2007 a 2020.
No Rio de Janeiro, ao menos 2.340 pacientes infectados pelo novo coronavírus morreram antes de chegar a um leito de terapia intensiva, à espera de vagas.
Em 2018, um levantamento feito pelas Defensorias Públicas do Estado e da União com base nas informações de pacientes que procuram socorro na Justiça revelou que 14 pessoas morreram por dia por falta de UTIs no Estado do Rio de Janeiro.
O valor desviado ajudaria muito a saúde do estado do Rio de Janeiro, que sofre há anos com superlotação em hospitais, falta de medicamentos e leitos hospitalares.
A soma de R$ 1,8 bilhão foi resultado de um levantamento feito pelo G1 com base em denúncias do Ministério Público Federal (MPF), que investigou fraudes no setor em seis fases da Operação Lava Jato no estado.
O valor supera o que já foi gasto pelo Governo do RJ com a pandemia. Segundo a Comissão Especial de Gastos com a Covid-19, já foram executados R$ 1,7 bilhão com mais de 120 contratos. Outros R$ 661 milhões estão em andamento, somando R$ 2,3 bilhões.
Desse total gasto na pandemia, cerca de R$ 700 milhões estão sob suspeita de desvios, segundo investigações que levaram às operações Favorito e Tris in Idem, que tiveram como resultado o afastamento do governador Wilson Witzel e a prisão do secretário de Saúde Edmar Santos, entre outros.
Fonte: G1