Crianças vítimas de conflitos sofreram extrema violência em 2017
Segundo o UNICEF, muitas foram vítimas de estupros, escravidão e recrutamento para combate
Por: Isabela Alves
Crianças que vivem em zonas de conflito como Iraque, Síria, Iêmen, Nigéria, Sudão do Sul e Mianmar foram vítimas de estupros, casamentos forçados, raptos, escravidão e recrutamento para o combate no ano de 2017, segundo o Fundo das Nações Unidas para a Infância (Unicef).
No Afeganistão, quase 700 crianças foram mortas entre o período de janeiro a setembro. Na República Democrática do Congo, 850 mil crianças foram vítimas de vulnerabilidade social e 350 mil ainda sofrem com a desnutrição. Na Nigéria e nos Camarões, os terroristas do Boko Haram forçaram pelo menos 135 menores a atuarem como “crianças-bomba” em ataques suicidas.
No Sudão do Sul, foram 19 mil crianças recrutadas pelas Forças Armadas ou grupos armados, e 2,3 mil foram mortas. Na Somália, 1,7 mil crianças foram obrigadas a guerrear. Na Síria e n05o Iraque, as crianças foram utilizadas como escudos humanos, viveram sob cerco e enfrentaram muitos bombardeios e violência.
Em Mianmar, o povo rohingya foi obrigado a abandonar suas casas e escolas no estado de Rakhine devido aos confrontos entre as Forças Armadas e grupos étnicos armados. Já no Iêmen, em quase 1 mil dias de conflito, 5 mil crianças foram mortas ou feridas, segundo o Unicef. Além disso, milhões de menores sofreram com outras consequências dos conflitos, como desnutrição, doenças e falta de acesso a serviços de saúde.