Especialista explica por que ONGs devem ter assessoria de imprensa
Palestra fez parte do terceiro evento do ciclo de palestras ‘Profissionalizar para Transformar o 3º Setor’
Por: Isabela Alves
Durante o terceiro evento do ciclo de palestras ‘Profissionalizar para transformar o 3º Setor’, que ocorreu no dia 21 de fevereiro, a estrategista social, especializada em comunicação e sensibilização de público, Tiemi Yamashita, falou sobre o quanto vale a pena investir em uma assessoria de imprensa.
Para Tiemi, muitas instituições ainda não perceberam que é de extrema importância se comunicar de diferentes formas com o seu público. “Ninguém doa dinheiro para quem não conhece. É preciso pensar de forma estratégica. Quando se fala em assessoria de imprensa é necessário pensar como é possível chamar a atenção do doador e despertar o seu interesse”, diz.
A especialista cita que é necessário conseguir atenção da mídia, mas, para isso, as pessoas precisam saber o trabalho que a instituição está realizando. Os veículos de comunicação, como rádio, televisão, revista, entre outros, são alimentados por notícias. Por isso, é preciso trabalhar para que o que é importante para a instituição se mostre relevante para a mídia. “Assessoria de imprensa faz com que o grande público crie ciência da instituição e isso faz com que eles entrem em contato”, conta.
Um exemplo de como chamar atenção da mídia é agregar valor a ações como eventos. Não basta dizer que vai fazer um bazar beneficente, é preciso apresentar algo mais, algo que diferencie o seu bazar dos outros eventos desse tipo. O incentivo à sustentabilidade, por exemplo, ao promover a compra de itens usados, pode ser um diferencial.
Tiemi também destaca que é preciso mostrar interesse por essas pessoas e conhecer a sua realidade. “É um diálogo. Só vai sair a matéria se alguém quiser ler e pra isso é preciso ser interessante. É preciso ter um argumento que converse com aquele público”.
Outro fato que é preciso ser levado em consideração em relação à assessoria de imprensa é a exposição da instituição. Com o reconhecimento, a organização precisa ser transparente em relação ao trabalho que é prestado. “Para que a reputação não fique comprometida, é fundamental conversar internamente sobre como a instituição vai se mostrar para o mundo”.
Outro tópico abordado na palestra foi a reputação, que é composta por três pontos: o que você diz que faz, o que os outros dizem que você faz e o que você faz de verdade. Isso significa que não adianta contratar a assessoria de imprensa quando as pessoas que frequentam a instituição passam outra visão do trabalho que está sendo realizado. Tudo o que se faz em termos de comunicação precisa ser estratégico e deve ser bem conversado na própria instituição.
Tiemi reforça, ainda, que para alcançar novos públicos é preciso, antes de tudo, sensibilizar o seu público interno, composto por atendidos, parceiros, voluntários e patrocinadores. Ela também falou sobre o marketing de conteúdo, que cada vez está mais em evidência. A especialista aponta que esta também é uma maneira eficaz de estabelecer uma comunicação com o público, já que hoje em dia as pessoas procuram informação através de blogs e redes sociais.
A assessoria de imprensa traz a sua imagem para o mundo e o marketing de conteúdo sustenta esse relacionamento, seja com o cliente ou com o doador. Na conclusão, a especialista alertou que, se a organização optar por não dar atenção para as novas formas de comunicação agora, em alguns anos não terá apoiadores suficientes para mantê-la em funcionamento.
Para assistir à palestra completa, clique no vídeo abaixo: