Estudo aponta que meninas sofrem mais bullying que os meninos

Pesquisa também diz que bullying contra meninas tem caráter mais psicológico e leva a pensamentos suicidas

Por: Mariana Lima

Um estudo realizado pela pesquisadora Nancy Pontes, do departamento de enfermagem da Universidade de Rutgers (EUA), mostrou que as meninas sofrem mais bullying que os meninos e, por consequência, estão mais propensas a planejar e tentar cometer suicídio.

A pesquisadora e sua equipe utilizaram de métodos de análises estatísticas para observar se havia ligação entre o bullying e casos de depressão e risco de suicídio.

O resultado pelo método de interações multiplicativas foi semelhante ao de outras pesquisas já realizadas, sem apresentar discrepâncias entre gêneros.

Já no segundo método — interações aditivas —, que é recomendado pelo International Journal of Epidemiology, a equipe percebeu que as mulheres são as mais atingidas pelo bullying em comparação aos homens, em todas as nuances de sofrimento psicológico e/ou pensamento e ações suicidas.

A pesquisa também revela que o bullying praticado entre as meninas é de caráter mais psicológico, geralmente relacionado à exclusão de um grupo social ou à disseminação de rumores de conotação negativa, enquanto o masculino é mais físico.

Após a divulgação do estudo, Pontes disse em um comunicado que os pais devem agir contra o bullying, e não tratá-lo como uma fase. “Há pais que veem isso como um rito de passagem. Eles dizem: Todo mundo fica intimidado. Você tem que se animar. Levante-se por si mesmo“.

Os dados para a realização da pesquisa foram coletados entre 2011 e 2015, e os resultados do estudo podem ser consultados aqui.

Fonte: Revista Galileu