Estudo avalia danos cerebrais causados pelo zika em fetos
A pesquisa brasileira mostra lesões encefálicas leves, moderadas e graves que comprometem as funções motoras e cognitivas
Um novo estudo brasileiro foi o primeiro a mapear os danos cerebrais causados pelo zika vírus em fetos. Conduzido pelas médicas Patrícia Szejnfeld, Adriana Melo e Fernanda Tovar-Moll, sob coordenação do Prof. Dr. Jacob Szejnfeld, da Fundação Instituto de Pesquisa e Estudo de Diagnóstico por Imagem (FIDI), a pesquisa utilizou exames de ultrassonografia, tomografia e ressonância magnética realizados em 45 bebês infectados com a doença na Paraíba.
Segundo a análise, os danos encefálicos graves podem levar a criança a óbito em até 48 horas, após o nascimento, na maioria dos casos. Já os moderados causam alterações no desenvolvimento motor e cognitivo. No caso das lesões leves, as alterações são mais brandas e requerem mais exames e acompanhamento, ao longo dos anos na primeira infância. “A partir desse estudo pudemos identificar que a infecção causada pelo zika afeta o desenvolvimento cerebral do feto já entre a 16ª e 18ª semanas de gestação”, afirma a Dra. Patrícia Szejnfeld.
A FIDI atua há 15 anos na saúde pública de São Paulo, mantendo convênio para operar a área de diagnóstico por imagem de diversos hospitais das Secretarias de Saúde do Estado e Município de São Paulo, prefeituras próximas à capital (São Caetano do Sul e Diadema), além dos Estados de Goiás e Bahia.