Ferramenta monitora o desenvolvimento sustentável de todo o país
O Índice monitora o engajamento dos municípios com os 17 Objetivos de Desenvolvimento Sustentável estabelecidos pela ONU
Por Ana Clara Godoi
O Instituto Cidades Sustentáveis (ICS) lançou o Índice de Desenvolvimento Sustentável das Cidades – Brasil (IDSC-BR), uma ferramenta que monitora o engajamento de todos os municípios brasileiros com os 17 Objetivos de Desenvolvimento Sustentável (ODS) da ONU. O Brasil é o primeiro país a monitorar esse aspecto em todas as suas cidades.
O IDSC-BR reúne dados e permite a realização de diversas comparações, construindo um Ranking ODS com as cidades e regiões analisadas. O grau de desenvolvimento dos municípios é avaliado de acordo com dois índices: um para cada objetivo e outro para o conjunto dos 17 ODS. A partir dos dados coletados, é possível acompanhar e avaliar a evolução da sustentabilidade de cada um dos 5.570 municípios brasileiros.
“Trata-se de um instrumento estratégico para gestores públicos, uma vez que a análise dos resultados permite orientar a ação política municipal, além de definir referências e metas com base em indicadores de gestão e facilitar o monitoramento dos ODS em nível local”, explica o coordenador geral do ICS, Jorge Abrahão.
O levantamento do ICS apontou um desiquilíbrio social, econômico e ambiental entre as regiões sudeste e norte do país. As 10 cidades com melhor desempenho de desenvolvimento sustentável estão localizadas em São Paulo, enquanto 43 das 100 piores ficam somente no estado do Pará.
A cidade de São Paulo, segundo a ferramenta, foi a capital que registrou a melhor performance nos indicadores de abastecimento de água potável, coleta seletiva e saúde. Quando se trata de indicadores de ODS, o município de São Caetano do Sul, localizado no ABC paulista, foi o que apresentou os melhores níveis. Entre os dados apresentados é o gasto total do município com saúde, em R$ 2.324,03 per capita, e 100% da população atendida com abastecimento de água potável e coleta seletiva.
Já a região conhecida por Amazônia Legal, composta pelos estados brasileiros que abrigam o bioma, apresenta as cinco piores capitais, sendo Macapá (AP) a capital com menor nota. Somente 37,56% da população do município recebe água potável e a renda per capita é de R$ 329. No geral, nenhuma das cidades dessa região têm nível alto no levantamento IDSC-BR.