Filme aborda histórias de abandono paterno no Brasil
‘Todos nós, cinco milhões’ foi baseado em dado do Conselho Nacional de Justiça (CNJ): 5,5 milhões de crianças não têm o nome do pai no registro de nascimento
Por: Mariana Lima
Misturando características de documentário e ficção, o filme brasileiro ‘Todos nós, cinco milhões’ parte de um dado para abordar o abandono paterno no Brasil. De acordo com o Conselho Nacional de Justiça (CNJ), mais de 5,5 milhões de crianças não têm o nome do pai no registro de nascimento.
A obra discute como o abandono paterno é um problema social, que sobrecarrega as mulheres e reforça a culpabilização materna por não conseguir exercer os dois papéis.
Produzido pela O Baile Filmes e com direção de Alexandre Mortagua, o filme entrevistou 22 personagens, entre mães solos que viviam com diferentes formas de negligência paterna, pessoas que não tiveram o convívio com seus progenitores por diferentes razões e também quem abandonou o filho.
Atores encenam trechos ficcionais baseados em pesquisas, contribuindo para abordar a temática de outras perspectivas. Ao longo do filme, as questões são transmitidas pela vida dos entrevistados com maior ou menor intensidade, mas sempre com um denominador comum: a ausência paterna.
O tema não foge da realidade do próprio diretor, que assim como 5,5 milhões de crianças, não conviveu com o pai. Ele chama a atenção com o filme para o fato de que não saber quem é o pai gera uma ferida emocional nas pessoas, uma sensação semelhante à de ter uma peça faltando em sua própria história.
Para assistir ao documentário, clique aqui.
Fonte: Lunetas