Médica salvou milhares de vidas em um hospital subterrâneo na Síria
Amani Ballour atendeu, principalmente, vítimas de ataques aéreos e químicos. Sua história foi contada em documentário indicado ao Oscar 2020
Por: Isabela Alves
A médica Amani Ballour, de 32 anos, salvou milhares de vidas em um hospital subterrâneo na Síria, país localizado na Ásia que vive uma guerra civil há quase nove anos.
O hospital, conhecido também como ‘a cova’, está localizado nas proximidades de Damasco, capital da Síria. Ballour assumiu o cargo no início de 2016 e, no local, atendeu principalmente vítimas de ataques aéreos e químicos.
Além disso, ela vivenciou muitos crimes de guerra, como o uso de armas químicas e bombas de cloro, além de ataques aéreos a hospitais, que tinham o objetivo de atacar locais de refúgio e pessoas que já estavam feridas.
Agora em 2020, ela recebeu o Raoul Wallenberg Prize, do Conselho Europeu, pelo seu “trabalho humanitário excepcional”, já que ela oferecia tratamento e conforto em um hospital subterrâneo em meio à guerra.
Em junho de 2018, ela fugiu para Gaziantep, na Turquia. Apesar de estar segura, ela não consegue esquecer tudo o que passou e, principalmente, as vítimas da guerra.
Ela pretende continuar na medicina, mas migrando para a área de radiologia, pois considera não ter mais condições psicológicas de atender pacientes, principalmente crianças.
A história de Ballour foi retratada no documentário ‘The Cave’. Produzido pela National Geographic e a produtora Danish Documentary Films, o documentário de 102 minutos mostra fortes imagens da pediatra limpando o sangue do rosto de crianças e lidando com o sexismo de homens que não a aceitam como uma das responsáveis pelo hospital. O longa foi indicado ao Oscar 2020 na categoria ‘Melhor Documentário’.
Assista ao trailer do filme abaixo:
Fontes: The New York Times e National Geographic Brasil