Novo caso de peste bubônica é descoberto na China
No século XIV, a peste bubônica matou cerca de 50 milhões de pessoas na Europa, África e Ásia. Hoje existem antibióticos que podem ser usados no tratamento da doença
Por: Júlia Pereira
No último sábado (04/07), a China confirmou um novo caso de peste bubônica em uma cidade na Mongólia Interior, região autônoma do país. Ainda não foi confirmado como o paciente poderia ter se infectado.
Segundo as autoridades, o paciente é um camponês da cidade de Bayannur, que já está em quarentena e em condição estável.
Em razão do novo caso da doença, foi decretado nível três de alerta, em que fica proibida a caça e o consumo de animais que poderiam estar com a praga.
A peste bubônica matou cerca de 50 milhões de pessoas na Europa, África e Ásia no século XIV. Hoje em dia, por outro lado, autoridades médicas afirmam que o tratamento da doença pode ser feito com antibióticos comuns, o que impede que surja uma nova pandemia.
Os casos de peste bubônica ocorrem de tempos em tempos em diversos continentes. Em Madagascar, houve um surto com 300 pessoas em 2017.
Já em maio do ano passado, duas pessoas morreram da peste na Mongólia. A doença foi contraída após a ingestão de carne crua de marmota, usada como remédio popular no país asiático.
O último grande surto da doença aconteceu em Londres no ano de 1665 e levou cerca de um quinto da população da cidade a óbito. No século XIX, houve um surto na China e na Índia que matou mais de 12 milhões de pessoas.
A peste bubônica é caracterizada por inchaço dos gânglios linfáticos. Os sintomas costumam aparecer entre três e sete dias depois da infecção, o que dificulta a identificação da doença com muita antecedência.
Fonte: G1