Novo instituto em Curitiba visa reduzir mortes por infecção generalizada
O Instituto Laura Fressatto pretende levar a Robô Laura, que já salvou 12 mil vidas, para mais hospitais
Por: Mariana Lima
Após perder a filha Laura, uma bebê que havia nascido prematura e que morreu após 18 dias na UTI, em 2010, o arquiteto de sistemas Jac Fressatto decidiu que iria lutar para que cada vez menos pessoas morressem da mesma forma que sua filha. A pequena Laura morreu em consequência de uma sepse, mais conhecida como infecção generalizada.
Segundo dados do Instituto Latino Americano da Sepse, a infecção generalizada é responsável por 25% da ocupação de leitos em UTIs no Brasil, sendo a principal causa de morte nas UTIs, e uma das principais causas de morte hospitalar tardia.
Com o plano de diminuir as mortes por sepse, Jac Fressatto criou a Robô Laura, uma inteligência artificial que lê as informações dos pacientes nos leitos conectados a sua rede, e emite alertas a cada 3,8 segundos a uma equipe assistencial, para alertar caso o quadro de algum paciente apresente riscos de infecção generalizada.
A plataforma de inteligência artificial já está disponível desde 2016 e atualmente está em 13 hospitais de três estados brasileiros, impactando mais de 2,5 milhões de pacientes. Desde que entrou em operação, a Robô Laura já ajudou a salvar mais de 12 mil vidas.
Agora, para ampliar o projeto, Jac Fressatto acaba de criar o Instituto Laura Fressatto, em Curitiba, no Paraná, mesma cidade onde a pequena Laura viveu.
A meta do instituto é alcançar 100 hospitais atendidos por essa tecnologia até o fim de 2019. As novas implementações serão custeadas pelo instituto, e hospitais filantrópicos e da rede pública pagarão apenas uma mensalidade para manutenção, variando de acordo com o número de leitos conectados.