O poeta brasileiro que lutou contra a escravidão e faleceu com 24 anos
O patrono da cadeira nº 7 da Academia Brasileira de Letras fez suas primeiras poesias aos 17 anos, mas o talento foi interrompido devido à tuberculose
Desde muito jovem, Castro Alves lutava contra a escravidão no Brasil e expressava em suas poesias a indignação aos graves problemas sociais de seu tempo. Antônio Frederico de Castro Alves nasceu em Curralinho no dia 14 de março de 1847 na fazenda Cabaceiras, hoje cidade de Cabaceiras do Paraguaçu – Bahia. Era filho de Antônio José Alves e Clélia Brasília Castro, que faleceu em 1859.
O pai se casou pela segunda vez em 24 de janeiro de 1862 com a viúva Maria Rosário Guimarães. Temendo que seu filho fosse acometido pelo Mal do Século, a depressão, por conta da morte de sua mãe, Antônio José Alves embarca, no dia seguinte ao do seu casamento, para o Recife. Só após cinco meses depois de terem chegado em Recife, Castro Alves publicou o poema “A Destruição de Jerusalém”, no Jornal do Recife, recebendo muitos elogios.
Em 1864, seu irmão, José Antônio, que sofria de distúrbios mentais desde a morte de sua mãe, suicidou-se em Curralinho. Na mesma época, Castro Alves consegue matricular-se na Faculdade de Direito do Recife e viaja para a Bahia.
Em 17 de maio, o poeta publica no jornal “A Primavera”, sua primeira poesia sobre a escravidão. Além de expressar em seus poemas que era contra a escravidão, fundou uma sociedade abolicionista ao lado de Rui Barbosa e outros pensadores da época. Teve fase de intensa produção literária e a do seu apostolado por duas grandes causas: uma, a da abolição da escravatura; outra, a república, aspiração política dos liberais mais exaltados.
Castro Alves expressou em suas poesias a indignação aos graves problemas sociais de seu tempo. Denunciou a crueldade da escravidão e clamou pela liberdade, dando ao romantismo um sentido social e revolucionário que o aproximava do Realismo. Foi também o poeta do amor, sua poesia amorosa descreve a beleza e a sedução do corpo da mulher.
Castro Alves morreu de tuberculose com apenas 24 anos no solar da família no Sodré, Salvador, Bahia, em 6 de julho de 1871. O resgate e preservação de suas obras foi fruto da dedicação do antigo colega e amigo Ruy Barbosa e fruto da campanha abolicionista, que tomou corpo a partir de 1881. O fato de ter morrido jovem não atrapalhou em seu sucesso, já que Castro Alves é patrono da cadeira nº 7 da Academia Brasileira de Letras.
Em 1947, o Instituto Nacional do Livro, do Ministério da Educação e Cultura, comemorou o centenário do nascimento do poeta com uma grande exposição, da qual resultou um livro comemorativo, trazendo importantes documentos que fizeram parte do evento.
O aspecto social da poesia de Castro Alves, em poemas como “O Navio Negreiro” e “Vozes d’África”, ambos publicados no livro “Os Escravos”, foi um dos motivos principais para a sua popularização. Castro Alves viveu pouco, mas deixou seus poemas e sua luta contra a escravidão como inspiração para sempre.
Ana Maria Bernardelli
02/10/2019 @ 09:29
No entanto, parlamentares vivem em casas e apartamentos luxuosos, pagos com o dinheiro do povo!
Não precisa pensar muito. Se as mordomias dos políticos fossem cortadas, haveria dinheiro. Dinheiro para saúde, educação, saneamento, segurança. Mas, não! A ganância, o descaso com o povo, a politicagem e seus dividendos fraudulentos, lesam a população brasileira. Triste realidade a nossa. Um povo que tem somente a si próprio como salvação e sobrevivência.
Emilio Romero
12/01/2020 @ 05:39
Excelente portal de noticias culturais e sociais. Gostaria de receber qq. reportagem sobe literatura.Cordialmente
Neuza
12/01/2020 @ 14:16
E essa foto de ilustração é de quem? Não lembro de ver nenhuma fotografia de Castro Alves — e a qualidade dessa não parece ser condizente com o que era possível na época.
Joao barradas
18/01/2020 @ 00:27
Santa ingenuidade!
Eduardo
16/04/2021 @ 17:06
Tens toda a razão, Neuza. Trata-se do ator brasileiro Paulo Maurício, interpretando o poeta baiano numa cena do filme “Vendaval Maravilhoso” (1949), em par romântico com a cantora portuguesa Amália Rodrigues, que interpretou Eugênia Câmara.
Carmen
12/01/2020 @ 16:11
Esta foto não é do verdadeiro Castro Alves e trata-se de imagem de filme inspirtado em sua vida.
Floris
14/01/2020 @ 19:36
porque? todas as fotos de de escritores ou artistas negros, sao embranquiçadas e com o cabeloliso!kkkkkk
Caceteiro.
12/01/2020 @ 17:34
Os poderosos continuam suas locupletações nababescas e sempre MENTINDO e o POVO continua oprimido EXPLORADO e MORRENDO. Frase imortal de CARLOS MAGNO ” O LIBERTADOR “.
Castro Alves: o poeta que lutou contra a escravidão – Human Rights Contents
14/01/2020 @ 12:13
[…] Desde muito jovem, Castro Alves lutava contra a escravidão no Brasil e expressava em suas poesias a indignação aos graves problemas sociais de seu tempo. Antônio Frederico de Castro Alves nasceu em Curralinho no dia 14 de março de 1847 na fazenda Cabaceiras, hoje cidade de Cabaceiras do Paraguaçu – Bahia. Era filho de Antônio José Alves e Clélia Brasília Castro, que faleceu em 1859. A matéria é do Observatório do Terceiro Setor. Continue lendo… […]
Lucia Caetano
15/01/2020 @ 19:28
Já vi falar em castro Alves fez passagem muito novo mas graças a Deus teve abolição parabéns para ele onde estiver salve Castro Alves
Romario Amorim
20/04/2021 @ 10:30
Apesar de ter morrido prematuro, esse poeta que merece honra em todos os tempos. Eu gostaria de ser como ele. Meus parabens para as suas obras.