Organizações ambientais se unem para restaurar florestas brasileiras
Grandes organizações ambientais no Brasil trabalharão em conjunto para acelerar a restauração florestal na Amazônia e na Mata Atlântica
Por: Júlia Pereira
De acordo com dados do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (INPE), entre agosto de 2019 e julho de 2020 o desmatamento da Amazônia cresceu 34%, com 14 meses seguidos de aumento, enquanto da Mata Atlântica restam apenas 12% remanescentes, extremamente fragmentados.
Em razão disso, organizações ambientais se uniram para restaurar áreas de florestas dos dois biomas até 2030. A estratégia tem como objetivo garantir o fornecimento de serviços ambientais, a captura de CO2 da atmosfera, fortalecer economias locais e promover o bem-estar humano.
Fazem parte da aliança a Conservação Internacional (CI-Brasil), The Nature Conservancy (TNC-Brasil), World Resources Institute (WRI Brasil) e Fundo Mundial para a Natureza (WWF-Brasil).
Juntas, as organizações irão canalizar esforços inicialmente para os biomas Mata Atlântica e Amazônia. O alto potencial de regeneração natural associado a essas florestas permitirá obter resultados expressivos a custos mais baixos.
Tais biomas já apresentam as condições necessárias para impulsionar a restauração com fins econômicos por meio da silvicultura de espécies nativas ou de sistemas agroflorestais.
A união visa alcançar a escala necessária atuando coletivamente, trazendo o setor privado, o público, a sociedade civil e a academia como parceiros e coexecutores de arranjos cocriados pelos diferentes atores.
Muitos são os gargalos para se ganhar escala na restauração florestal: formação de lideranças locais, recursos financeiros, políticas públicas eficientes, o arranjo produtivo da cadeia de restauração florestal (coleta de sementes, formação de viveiros de mudas, serviços de restauração de qualidade, manutenção da restauração).
Para o sucesso da parceria, foram definidos seis pilares essenciais para o desenvolvimento do trabalho:
1- Adoção de arranjos de governança regional;
2- Inovação em finanças;
3- Investimento em ciência e tecnologia;
4- Comunicação de resultados;
5- Apoio à formulação e implementação de políticas públicas;
6- Promoção de acesso a mercados.
A união das estratégias das organizações envolvidas possibilita o aumento do ritmo e escala da restauração, incrementando impacto de soluções que promovam o bem-estar humano, o fortalecimento da economia e a redução das emissões de CO2 na atmosfera. Enquanto se promove restauração, no entanto, é preciso romper imediatamente o ciclo do desmatamento.
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