Prioridade? Na pandemia, governo tenta reduzir controle de armas 4 vezes
Instituto Sou da Paz calcula que Bolsonaro já tomou seis medidas, desde que assumiu a Presidência, para fazer valer sua vontade de armar a população
A pandemia de Covid-19 já deixou mais de 400 mil infectados e mais de 25 mil mortos em todo o Brasil. Mesmo assim, não parece ser a principal preocupação do governo federal.
Um levantamento feito pelo Instituto Sou da Paz mostra que o presidente Jair Bolsonaro tentou ao menos quatro vezes flexibilizar o acesso às armas desde o início da pandemia causada pelo novo coronavírus.
Nos primeiros dias de seu governo, o presidente assinou um decreto que flexibilizava a posse de armas em casa. Depois, em maio de 2019, o presidente assinou outro decreto autorizando o porte de armas para mais categorias profissionais, mas a medida acabou derrubada no Congresso.
A mesma ideia apareceu na fala do presidente Jair Bolsonaro durante a fatídica reunião ministerial de 22 de abril. “O que esses filha de uma e?gua quer, o? Weintraub, e? a nossa liberdade. (…) O povo ta? dentro de casa. Por isso que eu quero (…) que o povo se arme!”, afirmou.
No dia seguinte, o então ministro da Justiça e da Segurança Pública, Sergio Moro, e o ministro da Defesa, Fernando Azevedo, assinaram uma portaria interministerial que aumentou em 12 vezes o número de munições – de 50 para 600 por ano – que podem ser compradas por cada cidadão com uma arma.
Somando todas essas iniciativas, o Sou da Paz calcula que Bolsonaro já tomou seis medidas para fazer valer sua vontade de armar a população.
Enquanto isso, o Brasil saltou da sétima para a segunda posição no ranking das nações com mais infectados pela Covid-19, ficando atrás apenas dos Estados Unidos.
Fontes: El País, Coronavírus Brasil