Perigo: brasileiras são enganadas na internet e viram escravas sexuais
Infelizmente, há anos mulheres de todo mundo são enganadas com falsas promessas pela internet e atualmente as redes sociais são utilizadas por traficantes de pessoas para escolher suas vítimas. O Brasil é um dos países que mais possui vítimas desta violação.
Os criminosos pesquisam sobre a vítima em seu perfil na rede social para descobrir qual é a vulnerabilidade da vítima.
Se ela procura um amor, o traficante faz um perfil falso do pretendente desejado pela vítima para atraí-la. Se a vítima precisa de emprego, o criminoso oferece o emprego dos sonhos. Crianças são atraídas geralmente por perfis falsos de outras crianças.
O destino destas vítimas é muito cruel, indo de escravidão sexual até remoção de órgão. No ano passado, um homem de 30 anos identificado como Roney Schelb foi preso por manter pelo menos 240 escravas sexuais em 12 estados brasileiros com auxílio da internet.
Segundo a Polícia Civil de Belo Horizonte, Roney oferecia até R$ 10 mil para obter fotos íntimas das vítimas, enviava um comprovante de transação falso e a partir daí começava a extorqui-las. Algumas das mulheres eram obrigadas a encontrá-lo pessoalmente e, durante esses encontros, eram estupradas por Roney.
Brasileiras também foram atraídas no ano passado pelas redes com falsa promessa de emprego de bailarinas no Japão. O país asiático é destino de dezenas de jovens que são enganadas por traficantes sexuais sob a promessa de carreiras como ‘modelo’ ou ‘bailarina’.
O empregador oferecia passagem de avião, dinheiro para hospedagem e um alto salário. Mas quando as mulheres chegavam, eram roubados seus passaportes e viravam escravas sexuais, trabalhando em casas de prostituição e sendo obrigadas a usar drogas.
O relatório do Escritório das Nações Unidas sobre Drogas e Crime (UNODC) revelou que a maioria das vítimas do tráfico humano são mulheres e meninas, recorte que chega a 72% dos casos.
Os outros 21% são homens e 7% meninos. Para a secretária nacional de Políticas para as Mulheres, Cristiane Britto, o motivo é a exploração sexual. “Essas mulheres e meninas são levadas para serem exploradas sexualmente ou vítimas de trabalho escravo. Entretanto, o tema é pouco discutido na sociedade”, concluiu.
Em relação ao tráfico de mulheres, o relatório mostra que 83% são traficadas com fins de exploração sexual, 13% para trabalho forçado e 4% para outras finalidades. Já entre os homens, 82% são traficados para trabalhos forçados, 10% com fins de exploração sexual, 1% para remoção de órgãos e 7% para outros objetivos.
Para evitar ser uma vítima, não deixe perfis de redes sociais públicos e desconfie de novas amizades com muitas promessas. Também é necessário monitorar o uso da internet pelas crianças. Elas são as principais vítimas, sendo que uma em cada três vítimas tráfico humano é criança.
Fontes: Ministério da Mulher, da Família e dos Direitos Humanos, Último Segundo, R7.