Pico de mortos e infectados na Itália começou com quebra de quarentena
Há um mês, o primeiro ministro italiano, Giuseppe Conte, contestou a quarentena de seu país por causa do novo coronavírus
Nesta semana, o presidente do Brasil, Jair Bolsonaro, criticou em rede nacional de televisão o pedido para que todas as pessoas que puderem fiquem em casa.
O presidente contrariou o que especialistas e autoridades sanitárias do país e do mundo inteiro vêm pregando como forma de evitar que o novo coronavírus se espalhe.
Bolsonaro culpou os meios de comunicação por espalharem, segundo ele, uma sensação de “pavor”. E disse que, se contrair o vírus, não pegará mais do que uma “gripezinha”.
Há um mês, o primeiro ministro italiano, Giuseppe Conte, também contestou a quarentena de seu país. A Itália registrava 17 mortos, e o governo italiano decidiu mudar a estratégia contra o novo coronavírus para proteger a economia.
À época, o país contava com 650 infectados, a maioria nas regiões da Lombardia e Vêneto, motores econômicos da Itália. Giuseppe Conte contestou as normas locais de fechamento de escolas, o que, segundo ele, “contribuía para gerar o caos”.
Os bares que haviam sido fechados por prevenção reabriram dois dias depois da declaração do ministro e o turismo voltou. Foi quando o numero de mortes começou a subir exponencialmente, e Conte tentou controlar a situação decretando uma quarentena obrigatória, quando já era tarde demais.
Hoje, a Itália conta com um total de mais de 7,5 mil mortes causadas pelo novo coronavírus, o dobro do registrado na China. Somente nos últimos três dias, o número de novos casos passou a crescer em um ritmo menos intenso, abaixo de 10% de novos casos por dia.
Na última quarta-feira (25/03), o primeiro-ministro italiano pediu que todos os países sejam rigorosos na luta contra a pandemia. “Ninguém pode aceitar, muito menos a Itália que está fazendo grandes sacrifícios para combater o vírus, que outros países não entendam essa necessidade de máxima atenção preventiva. Agora é a hora da responsabilidade”, disse Conte, durante pronunciamento no Palácio do Montecitorio, sede da Câmara dos Deputados da Itália.
Fonte: O Globo
Lilian Aparecida Paim de Souza
27/03/2020 @ 09:30
Depois do pior o irresponsável volta à trás. Brasil prestem atenção.
Publicidade do governo para povo sair de casa vai custar R$ 4,8 milhões
27/03/2020 @ 15:33
[…] um mês também, o primeiro ministro italiano, Giuseppe Conte, contestou a quarentena de seu país. A Itália registrava 17 mortos, e o governo italiano decidiu mudar a estratégia contra o novo […]