Quase 55 mil brasileiros morreram por falhas em hospitais em 2017
O índice representa uma média de 6 mortes a cada hora por conta de eventos adversos graves
Por Caio Lencioni
De acordo com o 2º Anuário da Segurança Assistencial Hospitalar, 54.769 brasileiros morreram em 2017 por causa de eventos adversos graves. Isso representa 6 mortes a cada hora ocasionadas quando o paciente tem o seu estado agravado ou vai a óbito por causa diferente da que orientou sua internação. Além disso, 36.174 casos poderiam ter sido prevenidos, de acordo com o anuário.
Os eventos adversos incluem erros de médicos e outros profissionais de saúde, infecções hospitalares e falhas assistenciais ou processuais, entre outros eventos.
Dentre as 19.432.818 pessoas que se internaram nos hospitais brasileiros em 2017, 1.299.540 pacientes sofreram pelo menos um evento adverso. E 235.127 pacientes faleceram no grupo de pacientes que apresentaram pelo menos um evento adverso relacionado à assistência hospitalar durante seu tratamento.
A publicação também aponta que a prevalência de pacientes com eventos adversos gerais foi de 6,4% no Sistema Único de Saúde (SUS). Já na saúde suplementar, que envolve pessoas que possuem planos de saúde, foi de 7,1%. A mortalidade em relação a esses eventos adversos gerais foi de 22,8% em referência aos pacientes do SUS, e 12% na saúde suplementar.
Já o tempo de permanência médio determinado pelos eventos adversos graves foi de 16,4 dias no SUS e 10,5 dias na saúde complementar. O estudo também diz que os recém-nascidos prematuros e os idosos que possuem mais de 65 anos foram as populações com maior prevalência de eventos adversos graves.