Sujeira e fome: 600 animais morrem em 4 meses no Ibama do RJ
Sob a responsabilidade do Ibama, os macacos, as aves e outros bichos deveriam estar se recuperando dos ferimentos causados pelo tráfico ilegal destas espécies. Atualmente, centro de tratamento só tem quatro funcionários
Mais de 600 animais silvestres morreram nos últimos meses em um centro de tratamento do Ibama (Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis) que fica em Seropédica, na Baixada Fluminense. A empresa terceirizada que cuidava do espaço deixou de prestar o serviço no ano passado.
Um outro contrato, de emergência, foi feito, mas também foi rompido. Enquanto isso, animais vivem no meio de muita sujeira e quase sem alimentação.
O local é um dos maiores centros de tratamento de animais silvestres do país. Mais de 1,2 mil animais vivem lá. Sob a responsabilidade do Ibama, os macacos, as aves e outros bichos deveriam estar se recuperando dos ferimentos causados pelo tráfico ilegal destas espécies.
Os animais que conseguem se recuperar, como araras, são devolvidos à natureza. E os que estão feridos, como é a situação de uma seriema, que teve uma das asas cortadas, precisam ficar no centro.
Só que, sem tratadores, cerca de 600 animais morreram nos últimos quatro meses, segundo um levantamento que ainda está sendo feito pelos funcionários do centro.
Atualmente, o centro só tem quatro funcionários, que estão fazendo o que podem. Mas, como são poucos, eles mal conseguem dar conta de retirar os animais mortos.
Fonte: G1