Brasil registrou 1 chamada por violência doméstica a cada minuto em 2020
O número de ligações para o 190 para denunciar casos de violência doméstica aumentou 16,3% em 2020, em comparação com o ano anterior. Foram 694.131 chamados
Segundo o Anuário Brasileiro de Segurança Pública 2021, a Polícia Civil registrou 230.160 casos de lesão corporal dolosa por violência doméstica no ano passado. O dado é referente a 25 estados e ao Distrito Federal. Apenas o Ceará não informou seus dados para a pesquisa. Foram 630 mulheres agredidas fisicamente por dia.
O número de chamados por violência doméstica no telefone da Polícia Militar (190) foi ainda maior: foram 694.131 ligações, 16,3% mais do que no ano anterior. A média foi de 1,3 chamado por minuto em 2020, considerando ligações das próprias vítimas e de terceiros.
Em 2020, o país teve 3.913 homicídios de mulheres, dos quais 1.350 foram registrados como feminicídios, média de 34,5% do total de assassinatos. A taxa de homicídios de mulheres caiu 2,1%, passando de 3,7 mulheres mortas por grupo de 100 mil mulheres em 2019 para 3,6 mortes por 100 mil em 2020.
As maiores taxas de feminicídio estão em Mato Grosso, com taxa de 3,6; Roraima e Mato Grosso do Sul, ambos com taxa de 3 por 100 mil mulheres; e Acre, com taxa de 2,7. As menores taxas estão no Ceará, que ficou com 0,6 morte por 100 mil; Rio Grande do Norte, com 0,7 por 100 mil; São Paulo e Amazonas, com taxa de 0,8 por 100 mil mulheres.
No Ceará, por exemplo, apenas 8,2% de todos os assassinatos de mulheres foram classificados como feminicídios, percentual muito inferior à média nacional de 34,5%. Isso indica que é provável que muitos casos de feminicídios tenham sido classificados erroneamente apenas como homicídios.
Entre as vítimas de feminicídio verifica-se distribuição mais igualitária entre as faixas de 18 a 24 anos (16,7%), de 25 a 29 anos (16,5%), 30 a 34 anos (15,2%), 35 a 39 anos (15,0%), com poucas vítimas entre crianças e adolescentes.
Já entre os demais homicídios de mulheres verifica-se maior concentração entre meninas e mulheres jovens, com 8,8% das vítimas com 12 a 17 anos no momento da morte, 22,1% entre 18 e 24 anos e 15,3% de 25 a 29 anos, totalizando metade das vítimas como jovens (49,8%)
Entre as vítimas de feminicídio no último ano, 61,8% eram negras; 36,5%, brancas; 0,9%, amarelas; e 0,9%, indígenas. Entre as vitimas dos demais homicídios femininos, 71% eram negras; 28% eram brancas; 0,2%, indígenas; e 0,8%, amarelas.
Fonte: Anuário de Segurança Pública 2021
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