Girassol é adotado como símbolo de campanha sobre depressão
Iniciativa ‘Depressão Sem Tabu’ visa alertar sobre a importância de discutir o tema
Por: Isabela Alves
O girassol é uma flor que sempre busca o sol. Mesmo nos dias em que ele está escondido entre as nuvens ou não aparece, a planta continua buscando luz de maneira insistente. Em alusão a esse comportamento, o girassol foi escolhido como o símbolo da campanha ‘Na Direção da Vida – Depressão sem Tabu’.
A iniciativa, promovida pela Associação Brasileira de Familiares, Amigos e Portadores de Transtornos Afetivos (Abrata), pelo Centro de Valorização da Vida (CVV) e pela Upjohn, visa incentivar as pessoas a discutirem sobre depressão e prevenção do suicídio.
Na página da campanha (www.depressaosemtabu.com.br), é possível encontrar diversas informações sobre a depressão, como o quanto ela se relaciona com os casos de suicídio e sinais para os quais devemos ficar atentos.
Nas redes sociais, a campanha convida os usuários a fazerem posts sobre o tema, usando girassóis e a hashtag #depressaosemtabu.
Haverá também uma ação presencial entre os dias 10 e 14 de setembro: será montado no Largo da Batata, zona oeste de São Paulo, um labirinto de 120 metros quadrados, com dois mil girassóis. As pessoas que percorrerem o caminho poderão acompanhar a jornada de um paciente com depressão, como o diagnóstico, desafios do tratamento, e a sensação de inadequação. Ao final da visita, o convidado pode deixar uma mensagem de coragem e apoio aos pacientes.
A depressão no Brasil e no mundo
A Organização Mundial da Saúde (OMS) alerta para o aumento progressivo de casos de depressão no mundo. Entre 2005 e 2015, o número de casos da doença cresceu 18%. E o número de pessoas afetadas pela depressão já chega a 322 milhões em todo o mundo.
No Brasil, 5,8% da população sofre com a doença, o que significa mais de 11,5 milhões de pessoas. E mais de 18,6 milhões de pessoas (9,3% da população brasileira) têm distúrbios relacionados à ansiedade.
Ainda, segundo dados da Organização Mundial de Saúde (OMS), até 2020 a doença será a enfermidade mais incapacitante em todo o mundo.