Pedreiro passa a estudar em faculdade que ajudou a construir
Elcimar recebia cerca de R$ 30 a R$ 40 pelo trabalho. Atualmente, ele estuda física na UFF
Por: Isabela Alves
Em 2009, com 22 anos de idade, Elcimar Moreira da Silva entrou na Universidade Federal Fluminense (UFF) como pedreiro para ajudar a “bater a laje” e fazer o chão da expansão da unidade de Santo Antônio de Pádua. Dez anos depois de ajudar com a construção, o jovem volta ao local, mas agora como estudante de física.
Seu trabalho consistia em quebrar pedras e encher carrinhos de brita e areia. Ao lado do pai, irmão e do tio, Elcimar recebia cerca de R$ 30 a R$ 40 pelo trabalho e todo o salário recebido era usado para pagar as contas da casa.
Anos depois, o jovem decidiu prestar o Enem (Exame Nacional do Ensino Médio) e, por conta disso, ficou mais próximo de realizar o seu sonho. Elcimar conseguiu entrar na faculdade através das cotas raciais, porém, segundo ele, sua nota também foi alta o suficiente para conquistar a vaga no acesso universal.
Atualmente, ele continua desempregado, mas continua fazendo ‘bicos’ como pedreiro. Elcimar lamenta o fato da profissão o atrapalhar nos estudos por conta da rotina pesada, mas ele continua perseverante e seus planos para o futuro é terminar a faculdade e já emendar em uma pós-graduação.