Pesquisa mapeia principais dificuldades de ONGs paulistas

Estudo da Fundação Salvador Arena avaliou estrutura organizacional, comunicação e captação de recursos das entidades

A Fundação Salvador Arena acaba de lançar a ‘Pesquisa do Terceiro Setor’. O estudo mapeia as principais dificuldades de organizações sem fins lucrativos, de médio e pequeno porte, na Grande São Paulo e na Baixada Santista.

A pesquisa avaliou três aspectos: estrutura institucional e organizacional, comunicação e relacionamento com o público de interesse, e capacidade para captar recursos.

De acordo com o levantamento, 46% das entidades têm média ou fraca estrutura institucional e organizacional. O maior problema nesse quesito é a falta de recursos humanos: 80% das organizações estão com a equipe técnica sobrecarregada para implantar e executar projetos.

Outras dificuldades apontadas envolvendo a estrutura são a pouca participação do conselho ou diretoria em questões do dia a dia (realidade de 35% das instituições pesquisadas) e a falta de recursos reservados para situações emergenciais (35%).

No que diz respeito à comunicação, 60% das entidades pesquisadas não têm site e outros 35% estão com o site desatualizado ou em reformulação. Além disso, 70% não têm um plano de comunicação formal.

Outro problema é que 50% das instituições não têm dados básicos como nome, e-mail e telefone das pessoas com as quais se relacionam.

Quando o assunto é captação de recursos, 95% das ONGs necessitam de mais formação para os profissionais que atuam na área; 35% têm um plano básico para captação de recursos, mas não avaliam os resultados; e 30% têm mais da metade dos recursos advindos de uma única fonte.

A pesquisa foi feita com 25 de organizações, que, juntas, movimentaram mais de R$ 40,4 milhões em 2015. Deste valor, 66% vieram de convênios com o poder público, 15% de doadores individuais, 10% de empresas e fundações, 7% do Programa Nota fiscal Paulista e 2% de incentivos fiscais.