Brasil gasta mais com “bolsa empresário” do que com programas sociais

O governo foi muito generoso com os empresários nos últimos anos. Entre 2003 e 2016, o Governo Federal ofereceu R$ 420 bilhões em subsídios embutidos em operações de crédito e financeiras para o setor produtivo (esses subsídios são popularmente conhecidos como bolsa empresário). No mesmo período, os subsídios para programas sociais foram de R$ 372 bilhões, segundo matéria da Folha, publicada em agosto de 2017. Na lista de programas sociais subsidiados estão, por exemplo, o Minha Casa, Minha Vida e o FIES.

Somente este ano, o Ministério do Desenvolvimento Social cortou 392 mil famílias que recebiam o benefício do Bolsa Família. O programa atingiu em abril deste ano 13.772.904 famílias, que receberam benefícios no valor médio de R$ 177,71.

O atual governo é o que mais concede benefícios tributários em comparação ao total de impostos arrecadados, apesar do cenário de corte e limite de gastos, carregando concessões que foram dadas nos governos anteriores. Segundo reportagem da Gazeta do Povo, de 2016 a 2018 são estimados R$ 840 bilhões em benefícios com redução de tributos para alguns grupos.

Os gastos vêm gerando um impacto negativo na economia, ajudando a engordar a dívida bruta, que subiu de 52% em 2010 para 73% do PIB em 2017. E a conta quem vai pagar é o contribuinte.