Brasil: rede de pedofilia pretendia entregar criança a traficantes russos

O plano era levar a criança para a Disney da Europa e entregá-la aos criminosos, alegando que ela teria desaparecido no parque 

Em 2018, a Polícia Federal deu início a uma investigação até que descobriu um homem que pretendia vender a sobrinha para criminosos na Rússia.

De acordo com as investigações, o plano dele era levar a criança para a Disney da Europa e entregá-la aos criminosos na Rússia, alegando que ela teria desaparecido no parque.

A partir desse suspeito de 2018, os policiais começaram a monitorar a deep web, se infiltrando em mais de 20 comunidades desse perfil, e descobriram uma rede de predadores sexuais, principalmente infanto-juvenis, que produzem, vendem e compram vídeos de crianças em situações de vulnerabilidade sexual.

De acordo com a polícia, foram encontradas mais de 10 mil contas de e-mails para esse tipo de crime. Além disso, foram encontradas mais de cinco clouds (nuvens) exclusivas com imagens de abusos infantis. As nuvens estavam abrigadas em países do leste europeu.

A operação, que foi batizada com o nome “Black Dolphin”,  prendeu um técnico de informática, em São José do Rio Preto, nesta quarta-feira (25).

O homem foi preso dentro de casa, onde estava com o filho de 5 anos. A criança foi entregue aos avós. Com o suspeito, a polícia apreendeu máquinas fotográficas, computadores e pen drives. O homem foi flagrado armazenando material pornográfico infantil. A polícia investiga se ele tem relação com a entrega da criança para os traficantes russos.

De acordo com a polícia, no início da tarde, o homem pagou uma fiança de R$ 5 mil e foi liberado. Ele responderá pelo crime em liberdade.

A Polícia Civil começou a cumprir 14 mandados em várias bairros de Rio Preto – onde uma outra pessoa também foi presa – e em outras cidades da região. Em Bálsamo (SP), um homem de 66 anos também foi preso na operação e foi levado para a delegacia em Rio Preto.

A ação é coordenada pelos policiais de Rio Preto e tem mandados para serem cumpridos em quatro estados brasileiros, MG, RJ, RS e SP. Ao todo, são 219 mandados de busca e apreensão, além de dois de prisão.