Homem morre em padaria que segue funcionando com o corpo coberto
Homem tinha tuberculose em estágio avançado e vivia em situação em rua. Ele morreu enquanto pedia ajuda a comerciantes e clientes do estabelecimento. Caso ocorreu no Rio de Janeiro
Por: Mariana Lima
Carlos Eduardo Pires de Magalhães, de 40 anos, vivia em situação de rua no Rio de Janeiro e morreu no dia 27 de novembro enquanto tentava pedir ajuda a comerciantes e clientes da Confeitaria e Lanchonete Ipanema, na Zona Sul da cidade.
Ele tinha uma tuberculose em estágio avançado e, numa crise intensa de tosse, queria assistência para chamar o Samu. Seu corpo ficou por mais de duas horas coberto com um plástico preto dentro do estabelecimento que continuou aberto.
O fato do estabelecimento comercial ter continuado aberto enquanto o corpo não era recolhido gerou espanto e revolta em quem estava no local e nas redes sociais.
Nas ruas, os únicos companheiros féis de Carlos Eduardo eram dois vira-latas. Mas como a sua doença já estava avançada, os dois acabaram sendo adotados por uma moradora do bairro dias antes de sua morte.
O próprio Carlos havia pedido que ela levasse os animais no dia 25 de novembro, quando foi internado pela última vez.
Na madrugada do dia 27, Carlos teria passado todo o tempo usando drogas, de acordo com relatos de pessoas que o conheciam.
Pessoas que trabalham ou residem na vizinhança em que Carlos ficava informaram que brigas de família por conta da dependência química teriam o levado para às ruas.
Como estava sem documentos, o cadáver teria sido encaminhado para o Hospital Municipal Miguel Couto, na Gávea, segundo de Bombeiros. Mas o corpo estava desparecido até a noite do dia 30 de novembro.
O corpo de Carlos não chegou ao Instituto Médico-Legal (IML), segundo a Polícia Civil, e a Secretaria municipal de Saúde negava, até o dia 1 de dezembro, que tivesse sido levado para qualquer hospital da rede.
No momento, o corpo de Carlos aguarda ser retirado pelo familiares no Hospital Municipal Miguel Couto.
Carlos vinha sendo acompanhado há cinco meses pela Fundação Leão XIII, que atua no Projeto de Atenção Socioassistencial às Pessoas em Situação de Rua.
Durante este tempo, ele recebeu encaminhamentos para atendimentos em unidades de saúde e acesso a medicamentos.
Fonte: O GLOBO
Pandemia evidenciou a vulnerabilidade de quem vive em situação de rua |
27/01/2021 @ 01:29
[…] novembro de 2020, o caso de Carlos Eduardo Pires de Magalhães, de 40 anos, ganhou os noticiários. Em situação de rua há quatro anos na Zona Sul do Rio de […]
Pandemia evidenciou a vulnerabilidade de quem vive em situação de rua - Lima&Reis - Sociedade de Advogados
04/03/2021 @ 17:28
[…] novembro de 2020, o caso de Carlos Eduardo Pires de Magalhães, de 40 anos, ganhou os noticiários. Em situação de rua há quatro anos na Zona Sul do Rio de […]