OMS cria aliança internacional, mas Brasil é deixado de fora
Essa aliança visa acelerar a produção e distribuição de tratamentos e a chegada de uma vacina para a Covid-19 ao mercado. Iniciativa conta com um fundo de R$ 45 bilhões
Por: Mariana Lima
A Organização Mundial da Saúde (OMS) realizou uma reunião com os principais presidentes e lideranças mundias, no dia 24 de abril, para criar uma nova aliança internacional.
O objetivo da criação desta iniciativa é acelerar a produção e distribuição de tratamentos para controlar a pandemia e garantir a chegada de uma vacina contra a Covid-19 o mais cedo possível. Para cumprir esses objetivos, a aliança conta com um fundo de R$ 45 bilhões.
Apesar de historicamente liderar o assunto de acesso a medicamentos, o Brasil não foi convidado para participar da cúpula política e parte do governo não estava nem sabendo da realização do evento.
Quem liderou o encontro foi o presidente da França Emmanuel Macron, e o evento contou ainda com a participação de nomes como Bill Gates e Ursula von der Leyen, presidente da Comissão Europeia.
A realização do evento visa marcar um compromisso de que qualquer tratamento ou vacina que seja desenvolvida será alvo de esforço internacional para que seja acessada por todos os países.
No encontro, um fundo de US$ 8 bilhões foi lançado para financiar a produção e distribuição de medicamentos, além de ser destinado para o fortalecimento dos sistemas públicos de saúde.
A reunião contou a presença de grandes empresas farmacêuticas mundiais. A chanceler alemã Angela Merker e o secretário-geral da ONU, Antonio Guterres, também discursaram no encontro.
A questão do acesso a medicamentos foi uma bandeira defendida por diferentes governos brasileiros. No início do século XXI, o governo brasileiro e o francês estabeleceram um mecanismo para permitir o acesso a remédios aos mais vulneráveis, o Unitaid.
Na reunião de abril, Paris assumiu a bandeira sem a presença do governo brasileiro. O encontro teve um tom de apoio irrestrito ao multilateralismo, posicionamento que não é compartilhado pelo Itamaraty. A representação da América Latina na aliança ficou com o presidente da Costa Rica, Carlos Alvarado.
OMS vs. Bolsonaro
Em meio ao encontro, a OMS aproveitou para rebater as críticas do presidente Jair Bolsonaro contra Tedros Adhanom Ghebreyesus, diretor-geral da organização.
De acordo com diplomatas em Genebra, os comentários do presidente brasileiro agravam ainda mais o mal-estar entre a agência e o governo brasileiro.
Fonte: Coluna Jamil Chade – UOL
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