Salário de parlamentares é 240 vezes a renda de 15 milhões de brasileiros
15 milhões de brasileiros vivem com até R$ 140 por mês; enquanto isso, salário de parlamentares é de R$ 33,7 mil
15 milhões de pessoas no Brasil sobrevivem com renda de até R$ 140 por mês, o que caracteriza extrema pobreza. O dado é da última ‘Síntese de Indicadores Sociais – Uma Análise das Condições de Vida da População Brasileira’, elaborada pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). O mesmo relatório aponta que o percentual de brasileiros em situação de extrema pobreza aumentou de 2016 para 2017.
Enquanto isso, os deputados federais e senadores brasileiros ganham só de salário R$ 33.763 – o que representa 35 vezes o salário mínimo atual e mais de 240 vezes a renda de quem se encontra em situação de extrema pobreza.
Isso sem falar nos benefícios que os parlamentares recebem: auxílio-moradia de R$ 4.253 ou apartamento de graça para morar, verba de R$ 92 mil para contratar até 25 funcionários, e verba de R$ 30.416,80 a R$ 45.240,67 por mês para gastar com alimentação, aluguel de veículo e escritório, divulgação do mandato e outras despesas.
Além de tudo isso, eles recebem dois salários no primeiro e no último mês da legislatura como ajuda de custo e ressarcimento de gastos com médicos.
Apenas um deputado federal brasileiro, juntando salário e benefícios, custa aos cofres públicos R$ 168,6 mil por mês. Juntos, todos os 513 custam, em média, R$ 86 milhões ao contribuinte todos os meses, chegando à quantia de R$ 1 bilhão por ano.
Até quando o Brasil vai ser assombrado por essa extrema desigualdade?
João Marcos
17/03/2019 @ 20:45
Realmente uma vergonha isso. Um deputado ganhar isso tudo, ainda acha que quem da prejuízo é o povo. Falta de respeito com o contribuinte.
Luiz Eugênio
25/10/2020 @ 09:55
Isso é o que podemos chamar de violações extremas e usurpação do erário público sem praticamente nenhuma contrapartida, enquanto o verdadeiro trabalhador que realmente é quem gera a riqueza da nação, vive sob o domínio da violência urbana e da corrupção generalizada que historicamente é prática comum no parlamento brasileiro.