Observatório Social é lançado no Rio de Janeiro
A iniciativa tem o objetivo de acompanhar as contas públicas do município
por Diego Thimm
A preocupação com o uso indevido do dinheiro público é constante na vida do brasileiro. Para melhorar o controle no destino das contribuições, na última quarta-feira (26), foi criado o Observatório Social do Rio de Janeiro.
O movimento já atua em 110 municípios de 19 estados brasileiros e age de forma preventiva no acompanhamento da gestão pública. O espaço é composto por pessoas da sociedade civil, empresas, instituições de ensino, entre outras entidades.
“Eu decidi participar do Observatório porque é imprescindível a presença efetiva do cidadão no controle das contas públicas, ainda mais atualmente. Por exemplo, a primeira legislação do mundo com controle social foi na Suécia em 1746, faz muito tempo. Vemos hoje como é a Suécia. No Brasil, o caminho é lento, mas estamos acordando”, afirma o economista André Brunelli, que será o vice-presidente da área de Metodologia e Indicadores do Observatório Social.
A organização atua em quatro frentes: na gestão pública, ao monitorar as licitações, cargos comissionados, convênios, processos e a Câmara Municipal; na educação fiscal, para orientar os contribuintes e a sociedade sobre a importância social e econômica dos tributos; em ambiente de negócios, ao capacitar as micro e pequenas empresas para que participem das licitações; e na transparência, ao divulgar e aplicar instrumentos de controle da transparência e da qualidade na aplicação dos recursos públicos.
“O município do Rio de Janeiro precisa com urgência de um controle preventivo, participativo e colaborativo. Não estamos querendo caçar as bruxas, nós vamos evitá-las, tornando efetivo o controle que o nosso município precisa”, disse Tatiana Bastos, presidente do Observatório Social carioca.
O primeiro Observatório Social (OS) foi criado no país em 2006, no município de Maringá (PR), e hoje já atua em quase todos os estados do país. Estima-se que a iniciativa evite o desperdício de mais de R$ 300 milhões de dinheiro público, por ano.